Estranho...
Considerando a criteriosa gestão e os apertados critérios de rigor financeiro adoptados, como é do conhecimento geral, neste período, por todo o sector governativo, não se percebe – a menos que isto seja mais uma manobra do Presidente da República para atacar o ps e a esquerda em geral – que a maioria dos contratos de especulação nas empresas públicas para proteção da taxa de juro dos empréstimos bancários, os chamados "swaps" (credit default swaps, cds), se concentrem entre 2007 e 2009, período correspondente aos últimos dois anos do primeiro mandato do governo de José Sócrates.
E tudo isto é ainda mais estranho, cheirando claramente a "conspiração da direita", quanto no centro do recurso das empresas aos swaps (cds) está, segundo fonte próxima da investigação, a falta de transferência de verbas do Orçamento do Estado para as empresas procederem aos investimentos necessários. Isto numa altura em que, como se sabe, o governo norteava a sua politica de endividamento público em apertados critérios de gestão, de modo a não pôr em causa as contas públicas, a não endividar o país para além do razoável, de moda a garantir que o país não entrasse de forma nenhuma em bancarrota e tivesse, para a evitar, que recorrer a um plano de auxílio financeiro externo de emergência.