A propósito de casas e depósitos...
Imagine-se o seguinte caso:
Uma pessoa é proprietária de uma casa em Portugal, que comprou com (todo o) dinheiro que tinha no banco.
Essa casa pagará IMI, mesmo que ninguém habite nela ou o seu proprietário nenhum rendimento tire dela.
Para pagar anualmente esse IMI, se o proprietário tiver gasto todo o seu dinheiro a comprá-la e não tiver nenhum outro rendimento, terá que ir "vendendo", todos os anos, um parte da casa – parte essa que corresponda ao valor do IMI a pagar – para não ser executado e ficar sem a casa toda, de vez.
É evidente que a manter-se esta prática, a certa altura a pessoa fica mesmo sem a casa. Estranho, não...???
Pois é. Pode parecer estranho, mas é a mais pura das verdades...
Afinal já cá temos um imposto que funciona da mesma forma e tem os mesmos efeitos que o imposto sobre os depósitos agora "inventado" pela zona Euro...
Ora o que tudo isto quer dizer é que quando se gasta "à grande e à francesa", sem fazer contas, sem regras, sem princípios e sem ética, gastando o que se tem e, especialmente, o que se não tem, acontece que, depois, se arranjam e passam a ser "legítimos" todos os mecanismos e subterfúgios e pretextos – justos ou injustos, legítimos ou ilegítimos, excessivos ou extorsionários – para conseguir dinheiro de qualquer forma, a fim de não se "ir de vez ao fundo"...
Dir-se-á: e a vida...!!!