A ler..
Diz Henrique Raposo a propósito dos "adoráveis monstrinhos"(*) que andamos a criar: … isto é o reflexo da sociedade que criámos. Se um pai der uma palmada na mão de um filho num sítio público (digamos, durante uma birra num café ou supermercado), as pessoas à volta olham para o dito pai como se ele fosse um leproso. Neste ambiente, é mais fácil dar umas gotinhas de medicamento do que dar uma palmada, do que fazer cara feia, do que ralhar a sério, do que pôr de castigo. Não se faz nada disto, não se diz não a uma criança, porque, ora essa, é feio, é do antigamente, é inconstitucional.
Mas vale a pena ler o texto integral.
(*) Como, carinhosamente, um amigo designava as crianças publicamente "mal-educadas", barulhentas, maçadoras e inconvenientes (estes atributos até podem, "pós-modernamente", ser considerados "politicamente incorrectos", mas que eles são a pura das verdades quanto à descrição de certos comportamentos infantis, isso é uma verdade insofismável...).