Morto por ter cão e morto por não ter...
Alevanta-se por esses campos fora grande alarido e ferve grossa indignação: A subsecretária de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros escolheu para o seu gabinete um adjunto que é funcionário do CDS e fez constar isso mesmo no despacho de nomeação.
No mínimo, chama-se a isto de "absoluta transparência": o despacho diz que o adjunto é funcionário do CDS...!!!
Por isso não se percebe tanta admiração. Será que se pretende dizer que o despacho não devia referir esse facto...???
Mas, nesse caso, como seria o alarido e a indignação se a notícia fosse do seguinte teor: A subsecretária de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros escolheu para o seu gabinete um adjunto que é funcionário do CDS e não fez constar isso mesmo do despacho de nomeação?
Decerto que aqui se levantariam de imediato gritos e brados de falta de transparência, de opacidade, e sabe-se lá de que mais...!!!
Moral da história (segundo La Fontaine):
"é mau se monto no burro,
se o rapaz monta, mau é,
se ambos montamos é mau
e é mau se vamos a pé"...
Ou será que o problema é tão simplesmente um questão de cor?
Neste caso há problema porque o assessor é funcionário do CDS...
Porém, já não haveria qualquer problema com a nomeação se o assessor fosse funcionário do ps e o governo fosse também cor-de-rosa...
É isso...???