Grada ignorância
Anda para aí muita admiração e indignação por uns quantos deputados, em entrevista televisiva, terem demonstrado a sua total ignorância sobre quem era o primeiro ministro em 25/4 (à data, denominado, presidente do conselho de ministros) e quem foi o primeiro ministro pós 25/4.
Não vale a pena a indignação. A ignorância é geral. Do parlamento ao governo, do governo às regiões autónomas e autarquias locais, das regiões autónomas e autarquias locais à administração pública (ensino superior incluído), o que mais grassa por aí é uma absoluta falta cultura e de cultura geral.
Não nos admiremos: a nossa classe política é notoriamente inculta, o que se nota no seu discurso de chavões básicos repetidos à exaustão, em diversas formulações sempre com o mesmo conteúdo: nenhum. Ideias, poucas. Ideias originais, inovadoras, mas susceptíveis de serem levadas à pratica, nenhuma.
Atrofiados por um ensino debilitante (agora começa a estar no poder a geração pós 25/4, que teve o "privilégio" de já ser ensinada e aprender no "eduquês"), aprisionados pelas "ideias feitas" nas "jotas" (tirocínio de todos os políticos), sem qualquer visão própria do mundo dada pela leitura e pelo estudo daqueles que, antes deles, reflectiram e escreveram sobre isso, os políticos actuais são um vazio de ideias.
Mas os políticos mais velhos que não se fiquem a rir. Foi por causa das suas ideias e das politicas que prosseguiram ao longo de todos estes anos, que hoje estamos assim. E não é só uma geração que está afectada. São várias gerações. Mesmo que hoje começássemos a exigir que quem estuda tenha cultura, ilustração e conhecimentos, só daqui a muitos anos é que poderíamos usufruir desse quadro cultural. Até lá teremos que continuar a ser governados por pessoas que não sabem o que aconteceu anteontem.
Dir-se-á: isso não é importante. O importante é o futuro.
É verdade. O importante é o futuro, porque o futuro é a nossa vida. Mas quem não tem memória do passado, quem não tem história, dificilmente conhece o presente - dificilmente é capaz de perceber onde está, como está e porque está - e, em função disso, será incapaz de projectar um futuro.
Andará aos tombos, seguindo os outros e as suas ideias, tentando encontrar um caminho que não sabe de onde vem, nem por onde passa. Como é que, assim, poderá saber para onde vai?
Não vale a pena a indignação. A ignorância é geral. Do parlamento ao governo, do governo às regiões autónomas e autarquias locais, das regiões autónomas e autarquias locais à administração pública (ensino superior incluído), o que mais grassa por aí é uma absoluta falta cultura e de cultura geral.
Não nos admiremos: a nossa classe política é notoriamente inculta, o que se nota no seu discurso de chavões básicos repetidos à exaustão, em diversas formulações sempre com o mesmo conteúdo: nenhum. Ideias, poucas. Ideias originais, inovadoras, mas susceptíveis de serem levadas à pratica, nenhuma.
Atrofiados por um ensino debilitante (agora começa a estar no poder a geração pós 25/4, que teve o "privilégio" de já ser ensinada e aprender no "eduquês"), aprisionados pelas "ideias feitas" nas "jotas" (tirocínio de todos os políticos), sem qualquer visão própria do mundo dada pela leitura e pelo estudo daqueles que, antes deles, reflectiram e escreveram sobre isso, os políticos actuais são um vazio de ideias.
Mas os políticos mais velhos que não se fiquem a rir. Foi por causa das suas ideias e das politicas que prosseguiram ao longo de todos estes anos, que hoje estamos assim. E não é só uma geração que está afectada. São várias gerações. Mesmo que hoje começássemos a exigir que quem estuda tenha cultura, ilustração e conhecimentos, só daqui a muitos anos é que poderíamos usufruir desse quadro cultural. Até lá teremos que continuar a ser governados por pessoas que não sabem o que aconteceu anteontem.
Dir-se-á: isso não é importante. O importante é o futuro.
É verdade. O importante é o futuro, porque o futuro é a nossa vida. Mas quem não tem memória do passado, quem não tem história, dificilmente conhece o presente - dificilmente é capaz de perceber onde está, como está e porque está - e, em função disso, será incapaz de projectar um futuro.
Andará aos tombos, seguindo os outros e as suas ideias, tentando encontrar um caminho que não sabe de onde vem, nem por onde passa. Como é que, assim, poderá saber para onde vai?