É muito fácil...
Titula o Público de hoje (edição impressa)
Em apenas dois meses, os resgates de Certificados de Aforro e do Tesouro atingiram quase metade do que estava previsto para 2012. Estado não está a conseguir travar a fuga da poupança das famílias.
Não se percebe como é que se pode estranhar esta situação. Os certificados de aforro têm juros perfeitamente irrisórios, em termos absolutos. Para agravar, actualmente os juros bancários são superiores o suficiente para se tornarem atractivos. Ora os depositantes não são burros: os seus depósito seguem os juros mais elevados.
A manobra feita pelo governo ps deu estes efeitos.
Para ter os bancos do seu lado, a financiar as suas loucuras, o ps baixou inopinadamente e de forma notória, os juros dos certificados de aforro, tornando-os não atractivos. Fez isto para criar pressão sobre os depositantes de modo a deslocarem o dinheiro dessas aplicações para os bancos - obtendo destes, em troca, o financiamento incondicional do Estado.
Esta manobra deu cabo dos certificados de aforro. Os bancos ficaram exauridos. E o Estado, esse, ficou endividado "até aos ossos", como se sabe e todos nós sentimos.
Era bem preferível que o Estado se conseguisse financiar internamente, ainda que em parte, através da poupança privada, remunerada com juros equilibrados - e, certamente, inferiores àqueles que o Estado paga pelos empréstimos que faz no mercado e junto da troika.
Aliás seria mesmo preferível que o Estado decretasse empréstimos forçados do que andasse a cortar os salários e subsídios aos funcionários.
Tudo era preferível.
Mas aquilo que temos é que os aforradores resgatam os certificados de aforro colocando mais dificuldades ao financiamento do Estado. Aliás, agora, o medo do Estado deixar de cumprir as suas obrigações não deixará também de ter influência nesta situação.
E, continuando as coisas como estão, há-de chegar o momento que não restará um único certificado de aforro. O que não vale a pena é admirarmo-nos com isso: até podemos (re)eleger governos totalmente calamitosos, mais não deixamos de saber fazer contas...
Em apenas dois meses, os resgates de Certificados de Aforro e do Tesouro atingiram quase metade do que estava previsto para 2012. Estado não está a conseguir travar a fuga da poupança das famílias.
Não se percebe como é que se pode estranhar esta situação. Os certificados de aforro têm juros perfeitamente irrisórios, em termos absolutos. Para agravar, actualmente os juros bancários são superiores o suficiente para se tornarem atractivos. Ora os depositantes não são burros: os seus depósito seguem os juros mais elevados.
A manobra feita pelo governo ps deu estes efeitos.
Para ter os bancos do seu lado, a financiar as suas loucuras, o ps baixou inopinadamente e de forma notória, os juros dos certificados de aforro, tornando-os não atractivos. Fez isto para criar pressão sobre os depositantes de modo a deslocarem o dinheiro dessas aplicações para os bancos - obtendo destes, em troca, o financiamento incondicional do Estado.
Esta manobra deu cabo dos certificados de aforro. Os bancos ficaram exauridos. E o Estado, esse, ficou endividado "até aos ossos", como se sabe e todos nós sentimos.
Era bem preferível que o Estado se conseguisse financiar internamente, ainda que em parte, através da poupança privada, remunerada com juros equilibrados - e, certamente, inferiores àqueles que o Estado paga pelos empréstimos que faz no mercado e junto da troika.
Aliás seria mesmo preferível que o Estado decretasse empréstimos forçados do que andasse a cortar os salários e subsídios aos funcionários.
Tudo era preferível.
Mas aquilo que temos é que os aforradores resgatam os certificados de aforro colocando mais dificuldades ao financiamento do Estado. Aliás, agora, o medo do Estado deixar de cumprir as suas obrigações não deixará também de ter influência nesta situação.
E, continuando as coisas como estão, há-de chegar o momento que não restará um único certificado de aforro. O que não vale a pena é admirarmo-nos com isso: até podemos (re)eleger governos totalmente calamitosos, mais não deixamos de saber fazer contas...