Não ha "tolerência" mas parece que vem aí a "bandalheira"...
Câmara dá folga aos funcionários
O "poder autárquico" é um verdadeiro "terceiro poder"; ou melhor, uma verdadeira "quinta coluna". Se se pretender desestruturar um Estado, nada melhor que um poder autárquico como o português, feito de "interesses" (locais) e liderado por um "baronato" (local) ansioso por demonstrar, ao mínimo pretexto, ter o poder de um "príncipe"...
Face à não concessão, pelo governo, de tolerância de ponto aos funcionários públicos, eis que começam a surgir, por todos os lados, câmaras municipais que se arrogam poderes que não têm e prometem "dispensar" os seus funcionários no dia de carnaval - o que não é mais do que conceder tolerância de ponto. Não há-de tardar, "decretam" (por edital) a tolerância de ponto no concelho, rectius, no município, substituindo-se indisciplinadamente ao governo (e, mais grave, desautorizando-o).
Como se já não bastasse cada município ter o seu ferido municipal - uma prebenda que dá nada menos que 304 feriados municipais - agora vão começar a aparecer as "tolerâncias de ponto" municipais, que, pela repetição (do abuso) hão institucionalizar-se "consuetudinariamente" ainda que constituam uma inadmissível intromissão nos poderes (na competência) exclusivos do governo, tanto mais quanto são uma forma de agradar à populaça e de, por isso, conseguir mais uns "votitos" nas eleições...
Iremos ver se, a partir de agora, as "tolerâncias de ponto" irão ou não passar a ser uma "bandalheira": mesmo que o governo não as dê, os municípios vão concedê-las.
No final, resta constatar que o mal do nosso Estado é, simplesmente, não ser um Estado ordenado e forte.
O "poder autárquico" é um verdadeiro "terceiro poder"; ou melhor, uma verdadeira "quinta coluna". Se se pretender desestruturar um Estado, nada melhor que um poder autárquico como o português, feito de "interesses" (locais) e liderado por um "baronato" (local) ansioso por demonstrar, ao mínimo pretexto, ter o poder de um "príncipe"...
Face à não concessão, pelo governo, de tolerância de ponto aos funcionários públicos, eis que começam a surgir, por todos os lados, câmaras municipais que se arrogam poderes que não têm e prometem "dispensar" os seus funcionários no dia de carnaval - o que não é mais do que conceder tolerância de ponto. Não há-de tardar, "decretam" (por edital) a tolerância de ponto no concelho, rectius, no município, substituindo-se indisciplinadamente ao governo (e, mais grave, desautorizando-o).
Como se já não bastasse cada município ter o seu ferido municipal - uma prebenda que dá nada menos que 304 feriados municipais - agora vão começar a aparecer as "tolerâncias de ponto" municipais, que, pela repetição (do abuso) hão institucionalizar-se "consuetudinariamente" ainda que constituam uma inadmissível intromissão nos poderes (na competência) exclusivos do governo, tanto mais quanto são uma forma de agradar à populaça e de, por isso, conseguir mais uns "votitos" nas eleições...
Iremos ver se, a partir de agora, as "tolerâncias de ponto" irão ou não passar a ser uma "bandalheira": mesmo que o governo não as dê, os municípios vão concedê-las.
No final, resta constatar que o mal do nosso Estado é, simplesmente, não ser um Estado ordenado e forte.