Afronta
O anúncio de novas medidas de austeridade, hoje divulgadas pelo ministro das finanças, quer dizer muito mais que o singelo (e já costumeiro) anúncio de mais aperto de cinto.
Dois dias depois do Presidente da República ter afirmado, no seu discurso de posse, que "há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos" o governo anuncia mais medidas de austeridade que mais uma vez "vergastam" o "comum dos cidadãos" onerando-o com mais custos e impostos e, daí, com menos rendimento.
Ora o anúncio, nesta data, destas medidas, não é assim inocente. No dia seguinte ao da não aprovação de uma moção de censura ao governo, este anúncio não pretende constitui unicamente um acto de governação mas, mais do que isso, visa marcar a posição do governo na afronta ao Presidente da República e ao seu pensamento, ao mesmo tempo que pretende condicionar, desde já qualquer actuação futura da oposição de direita, quem ontem, mais uma vez, "suportou" o governo, abstendo-se na votação da moção de censura.
Esta é, assim, também uma afronta ao PSD. Muitas das medidas agora anunciadas foram recusadas pelo PSD a quando da negociação que levou à aprovação do orçamento. Voltam agora, com segundas intenções. É que neste momento, o que está em causa não é unicamente a sua aprovação, mas as decorrências que resultam do seu anúncio.
O PSD se as viabilizar fica à mercê do ps e do governo, passando a ser não mais do que um seu "pau mandado" e, mais grave, a ser co-responsável por todas as medidas que o governo toma, arcando com a impopularidade daí resultante.
Por outro lado, para as não viabilizar o PSD fica na posição incómoda de ser acusado de contribuir para a não resolução da crise financeira e orçamental e mais, do que isso, de causar uma crise política, que pode muito bem ser aproveitada pelo ps para sair do governo, deixando ao novo governo (que terá obrigatoriamente o PSD na sua composição) um caminho completamente minado.
Com o núncio destas medidas, o governo está a dizer o seguinte: ou as coisas são só como nós queremos, ou então alguém vai ter que se responsabilizar por não ser assim. E isso implica o pagamento da "factura" dos anos da bandalheira que foi o governo ps. E com isto menoriza completamente a oposição.
E esta, para chegar ao poder completamente descomprometida, ou consegue aniquilar o ps e o governo (e, em especial, o primeiro ministro) ou nunca mais se livra do anátema da sua menoridade...
Dois dias depois do Presidente da República ter afirmado, no seu discurso de posse, que "há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos" o governo anuncia mais medidas de austeridade que mais uma vez "vergastam" o "comum dos cidadãos" onerando-o com mais custos e impostos e, daí, com menos rendimento.
Ora o anúncio, nesta data, destas medidas, não é assim inocente. No dia seguinte ao da não aprovação de uma moção de censura ao governo, este anúncio não pretende constitui unicamente um acto de governação mas, mais do que isso, visa marcar a posição do governo na afronta ao Presidente da República e ao seu pensamento, ao mesmo tempo que pretende condicionar, desde já qualquer actuação futura da oposição de direita, quem ontem, mais uma vez, "suportou" o governo, abstendo-se na votação da moção de censura.
Esta é, assim, também uma afronta ao PSD. Muitas das medidas agora anunciadas foram recusadas pelo PSD a quando da negociação que levou à aprovação do orçamento. Voltam agora, com segundas intenções. É que neste momento, o que está em causa não é unicamente a sua aprovação, mas as decorrências que resultam do seu anúncio.
O PSD se as viabilizar fica à mercê do ps e do governo, passando a ser não mais do que um seu "pau mandado" e, mais grave, a ser co-responsável por todas as medidas que o governo toma, arcando com a impopularidade daí resultante.
Por outro lado, para as não viabilizar o PSD fica na posição incómoda de ser acusado de contribuir para a não resolução da crise financeira e orçamental e mais, do que isso, de causar uma crise política, que pode muito bem ser aproveitada pelo ps para sair do governo, deixando ao novo governo (que terá obrigatoriamente o PSD na sua composição) um caminho completamente minado.
Com o núncio destas medidas, o governo está a dizer o seguinte: ou as coisas são só como nós queremos, ou então alguém vai ter que se responsabilizar por não ser assim. E isso implica o pagamento da "factura" dos anos da bandalheira que foi o governo ps. E com isto menoriza completamente a oposição.
E esta, para chegar ao poder completamente descomprometida, ou consegue aniquilar o ps e o governo (e, em especial, o primeiro ministro) ou nunca mais se livra do anátema da sua menoridade...
O PPD cometeu um erro crasso,deveria ter viabilizado a moção do BE,aliás como alguns militantes defendiam.
Agora só lhe resta apresentar a sua própria moção,e muitos militantes já a pedem insistentemente.
Ou Passos Coelho dá um passo em frente ou cai primeiro que Sócrates!!!
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