Os funcionários públicos que vão ter os vencimentos cortados não têm tomates...???
"Sim. É para sempre. É um corte para sempre." A declaração é do ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, ontem, no Parlamento, sobre os cortes salariais na Função Pública a vigorar em Janeiro de 2011.
Não deixa de ser curioso o silêncio, a inércia, a resignação (que quase raia a cobardia) dos funcionários públicos atingidos por esta ignomínia. Valha-nos, ainda assim, a reacção dos magistrados...
Então só alguns dos funcionários públicos é que vão ter os seus salários definitivamente "cortados". Só eles é que contribuem para o défice...???
Só eles é que têm obrigação de contribuir para o equilíbrio das contas públicas...???
A igualdade de tratamento e de direitos só se invoca e aplica quando convém...???
Aos que ganham até 1.500, a esses, o governo resolveu dispensar de qualquer sacrifícios, como se eles não sejam pagos pelo Estado e não sejam, nessa medida, também "responsáveis" pelos défice dos Estado.
Pelos vistos o princípio da igualdade de estatuto dos funcionários públicos só serviu para eles verem os seus salários aumentar. Mas quanto a participar em sacrifícios, "está quieto"...
O que o governo fez, mais uma vez de forma cavilosa e demagógica, foi evitar a contestação e as greves da recolha do lixo, dos coveiros, dos motoristas dos transportes colectivos, enfim, de um conjunto de actividades que causam transtornos imediatos e alarme social...
É evidente que ainda que um técnico superior da carreira geral faça greve um dia, isso não se nota imediatamente na esfera da vida dos cidadãos. Já o mesmo se não pode dizer dos "almeidas" ou dos coveiros.
Isto é tanto assim que, mau grado o corte, os sindicatos da administração publica, e principalmente os da administração local, têm andado muito calmos e caladinhos... Pois pudera... Os seus associados não vão ter cortes salariais "para sempre". Mas decerto que irão beneficiar de aumentos salariais quando aqueles que tiveram cortes também forem aumentados...
Não deixa de ser curioso o silêncio, a inércia, a resignação (que quase raia a cobardia) dos funcionários públicos atingidos por esta ignomínia. Valha-nos, ainda assim, a reacção dos magistrados...
Então só alguns dos funcionários públicos é que vão ter os seus salários definitivamente "cortados". Só eles é que contribuem para o défice...???
Só eles é que têm obrigação de contribuir para o equilíbrio das contas públicas...???
A igualdade de tratamento e de direitos só se invoca e aplica quando convém...???
Aos que ganham até 1.500, a esses, o governo resolveu dispensar de qualquer sacrifícios, como se eles não sejam pagos pelo Estado e não sejam, nessa medida, também "responsáveis" pelos défice dos Estado.
Pelos vistos o princípio da igualdade de estatuto dos funcionários públicos só serviu para eles verem os seus salários aumentar. Mas quanto a participar em sacrifícios, "está quieto"...
O que o governo fez, mais uma vez de forma cavilosa e demagógica, foi evitar a contestação e as greves da recolha do lixo, dos coveiros, dos motoristas dos transportes colectivos, enfim, de um conjunto de actividades que causam transtornos imediatos e alarme social...
É evidente que ainda que um técnico superior da carreira geral faça greve um dia, isso não se nota imediatamente na esfera da vida dos cidadãos. Já o mesmo se não pode dizer dos "almeidas" ou dos coveiros.
Isto é tanto assim que, mau grado o corte, os sindicatos da administração publica, e principalmente os da administração local, têm andado muito calmos e caladinhos... Pois pudera... Os seus associados não vão ter cortes salariais "para sempre". Mas decerto que irão beneficiar de aumentos salariais quando aqueles que tiveram cortes também forem aumentados...