Os "bons hábitos" nunca se perdem...
Três em cada quatro alunos copiam na universidade
Se a fraude e o "chico-espertismo" são, neste país, confundidos com "espírito de iniciativa"; se a "cabulice" é incentivada desde os bancos, ou melhor, as mesas da escola primária; se o laxismo e a facilidade são o apanágio do nosso sistema de ensino; se o que importa é ter um "canudo" e se é desprezível ser-se culto ou saber para se estar bem preparado para exercer uma profissão; se é possível ser-se licenciado (ou mestre) sem esforço e ao domingo - para quê, então, estudar?
Se tudo isto é assim, então para quê estudar na Universidade...???
Mais vale "cabular" e copiar "à fartazana", com telemóveis, ipods, máquinas de calcular e quejandos (sim, que as velhas cábulas em "rolinhos de papel" já passaram, há muito tempo, de moda...)
Evoquemos, então, Fernando Pessoa:
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O Sol doira
Sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca.
O português alvar bate palmas: até "o" Fernando Pessoa disse isto...!!!
Pois é...!!! Ele disse isto mas era um grande poeta...
O pior é que aqueles que acham graça ao poema, por consabidas razões, não passam, porém, de uns "enormes" ignorantes...
Se a fraude e o "chico-espertismo" são, neste país, confundidos com "espírito de iniciativa"; se a "cabulice" é incentivada desde os bancos, ou melhor, as mesas da escola primária; se o laxismo e a facilidade são o apanágio do nosso sistema de ensino; se o que importa é ter um "canudo" e se é desprezível ser-se culto ou saber para se estar bem preparado para exercer uma profissão; se é possível ser-se licenciado (ou mestre) sem esforço e ao domingo - para quê, então, estudar?
Se tudo isto é assim, então para quê estudar na Universidade...???
Mais vale "cabular" e copiar "à fartazana", com telemóveis, ipods, máquinas de calcular e quejandos (sim, que as velhas cábulas em "rolinhos de papel" já passaram, há muito tempo, de moda...)
Evoquemos, então, Fernando Pessoa:
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O Sol doira
Sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca.
O português alvar bate palmas: até "o" Fernando Pessoa disse isto...!!!
Pois é...!!! Ele disse isto mas era um grande poeta...
O pior é que aqueles que acham graça ao poema, por consabidas razões, não passam, porém, de uns "enormes" ignorantes...