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Pharmácia de Serviço

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Dedicatória

Poema dedicado a um deputado do BE que apresentou um requerimento na Assembleia da República a questionar o Ministério da Educação sobre se tinha conhecimento do projecto educacional Reviver 100 anos de História que, segundo sustentou, «obriga alunos menores de idade a serem actores num acto laudatório e acrítico de uma página negra da História de Portugal», como seja representarem um desfile da Mocidade Portuguesa.


Lá vamos, cantando e rindo
Levados, levados, sim
Pela voz de som tremendo
Das tubas, clamor sem fim.

Lá vamos, que o sonho é lindo!
Torres e torres erguendo.
Rasgões, clareiras, abrindo!
Alva da Luz imortal,
Roxas névoas despedaça
Doira o céu de Portugal!

Querer! Querer! E lá vamos!
Tronco em flor, estende os ramos
À Mocidade que passa.

Cale-se a voz que, turbada,
De si mesma se espanta,
Cesse dos ventos a insânia,
Ante a clara madrugada,
Em nossas almas nascida.
E, por nós, oh! Lusitânia,
- Corpo de Amor, terra santa -
Pátria! Serás celebrada,
E por nós serás erguida,
Erguida ao alto da Vida!

Querer é a nossa divisa.
Querer, palavra que vem
Das mais profundas raízes.
Deslumbra a sombra indecisa
Transcende as nuvens de além...
Querer, palavra da Graça
Grito das almas felizes

Querer! Querer! E lá vamos
Tronco em flor estende os ramos
À Mocidade que passa.

Mário Beirão
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