Simplesmente miserável ...!!!
O ministério das finanças pôs cá fora, no seu site, a lista das entidades credoras do Estado - ou seja daquelas entidades a quem o governo exige prontamente impostos mas a quem se esquece de pagar o que lhes deve.
Porém, surpresa das surpresas: afinal não há dívidas do Estado a terceiros - ou pelo menos, assim parece. Da lista apenas constam dez situações de dívida do Estado a unicamente três diferentes entidades, sendo que uma delas é a Estamo, ou seja, o proprio Estado (a Estamo é detida a 100% pela Sagestamo que por sua vez é detida a 100% pela Parpública) outra, uma Santa Casa da Misericórdia e a terceira, finalmente, uma empresa privada.
Num tempo em que é público e notório que o Estado deve milhões - veja-se só as dividas dos hospitais EPE à indústria farmaceutica - é simplesmente notável a disfaçatez e ausência de decôro com que o governo publica uma lista como esta (que para não parecer completamente absurda e risível, apresenta seis dívidas do Estado à Estamo, ou seja, do Estado ao Estado, num total de dez), só possível pela falta de vergonha com que o PS, na Assembleia da República, conseguiu subverter a proposta do CDS/PP de modo a conseguir uma lei que permite chegar a estes resultados.
Mas uma lista como esta tem, ao menos uma evidente vantagem: o seu completo "absurdo" confirma que o governo se comporta como um vedadeiro caloteiro, não hesitando em recorrer a expedientes de pacotilha para se furtar ao cumprimento das suas obrigações de devedor...
Que o governo se comporte como uma cáfila, já não é de estranhar.
Mas é já bastante mais estranho que as muitas empresas que se queixam que o Estado é mau pagador não tenham querido ou tido vontade de aparecer na lista.
Esta sua ausência só vem mostar que as empresas portuguesas continuam a pensar que o que é preciso nesta vida é que o Estado, mesmo que não lhes pague, também não se "zangue" com elas, de modo a que possam continuar a banquetear-se com umas "sobras da mesa" do poder e a auferir deste umas prebendas e favores. Continam a preferir sabujar do que mostar dignidade, demonstrando que afinal o Estado é como se fosse para elas uma verdadeira "sopa dos pobres" e que, por isso e por uma questão de indigente humildade subserviente (a que alguns chamam "saber viver") entendem que "não se morde a mão que dá a comida", ainda que pouca ...
Em qualquer dos casos, simplesmente mísero ...
O decôro e a dignidade, em Portugal, andam mesmo pelas "ruas da amargura". Ou antes, perderam-se por completo.
Porém, surpresa das surpresas: afinal não há dívidas do Estado a terceiros - ou pelo menos, assim parece. Da lista apenas constam dez situações de dívida do Estado a unicamente três diferentes entidades, sendo que uma delas é a Estamo, ou seja, o proprio Estado (a Estamo é detida a 100% pela Sagestamo que por sua vez é detida a 100% pela Parpública) outra, uma Santa Casa da Misericórdia e a terceira, finalmente, uma empresa privada.
Num tempo em que é público e notório que o Estado deve milhões - veja-se só as dividas dos hospitais EPE à indústria farmaceutica - é simplesmente notável a disfaçatez e ausência de decôro com que o governo publica uma lista como esta (que para não parecer completamente absurda e risível, apresenta seis dívidas do Estado à Estamo, ou seja, do Estado ao Estado, num total de dez), só possível pela falta de vergonha com que o PS, na Assembleia da República, conseguiu subverter a proposta do CDS/PP de modo a conseguir uma lei que permite chegar a estes resultados.
Mas uma lista como esta tem, ao menos uma evidente vantagem: o seu completo "absurdo" confirma que o governo se comporta como um vedadeiro caloteiro, não hesitando em recorrer a expedientes de pacotilha para se furtar ao cumprimento das suas obrigações de devedor...
Que o governo se comporte como uma cáfila, já não é de estranhar.
Mas é já bastante mais estranho que as muitas empresas que se queixam que o Estado é mau pagador não tenham querido ou tido vontade de aparecer na lista.
Esta sua ausência só vem mostar que as empresas portuguesas continuam a pensar que o que é preciso nesta vida é que o Estado, mesmo que não lhes pague, também não se "zangue" com elas, de modo a que possam continuar a banquetear-se com umas "sobras da mesa" do poder e a auferir deste umas prebendas e favores. Continam a preferir sabujar do que mostar dignidade, demonstrando que afinal o Estado é como se fosse para elas uma verdadeira "sopa dos pobres" e que, por isso e por uma questão de indigente humildade subserviente (a que alguns chamam "saber viver") entendem que "não se morde a mão que dá a comida", ainda que pouca ...
Em qualquer dos casos, simplesmente mísero ...
O decôro e a dignidade, em Portugal, andam mesmo pelas "ruas da amargura". Ou antes, perderam-se por completo.