O mandato (não) é (assim tão) livre ...
O grupo parlamentar do PS vai apresentar amanhã uma declaração de voto, após a votação dos projectos de lei do Bloco de Esquerda e de os Verdes sobre o casamento entre homossexuais. Apesar de votarem contra os diplomas, os deputados explicam que estão a favor da união entre pessoas do mesmo sexo.
O artigo 155º, nº 1, da Constituição da República afirma que "os deputados exercem livemente o seu mandato ..."
Por isso, sempre se considerou que os "deputados da Nação" deviam ser pessoas de carácter, que sustentavam no Parlamento as suas ideias e convicções de forma livre e descomprometida, como homens livres que eram.
Vem-se agora a saber que afinal os deputados estão no Parlamento ao serviço de outros quaisquer interesses que não os do País, e que aí veiculam ideias que não as suas e as ditadas pela sua consciência, pois têm a "coragem" de votar contra a aprovação de uma lei (e, para o caso, pouco importa sobre o que ela seja) para depois terem o "descôco" de virem dizer que, em consciência, a votariam favoravelmente ...!!!
Mas se isto é assim, porque é que, então, não se recrutam antes uns desempregados, a ganhar o salário mínimo nacional, e se poem no Parlamento a fazer as votações a mando de alguém.
Assim, estes "votadores profissionais" sempre poderiam dizer, decerto mais à vontade e com bem menos incómodo, que não votavam uma lei porque lhes mandavam não votar, mas que concordavam inteiramente com ela ...
O artigo 155º, nº 1, da Constituição da República afirma que "os deputados exercem livemente o seu mandato ..."
Por isso, sempre se considerou que os "deputados da Nação" deviam ser pessoas de carácter, que sustentavam no Parlamento as suas ideias e convicções de forma livre e descomprometida, como homens livres que eram.
Vem-se agora a saber que afinal os deputados estão no Parlamento ao serviço de outros quaisquer interesses que não os do País, e que aí veiculam ideias que não as suas e as ditadas pela sua consciência, pois têm a "coragem" de votar contra a aprovação de uma lei (e, para o caso, pouco importa sobre o que ela seja) para depois terem o "descôco" de virem dizer que, em consciência, a votariam favoravelmente ...!!!
Mas se isto é assim, porque é que, então, não se recrutam antes uns desempregados, a ganhar o salário mínimo nacional, e se poem no Parlamento a fazer as votações a mando de alguém.
Assim, estes "votadores profissionais" sempre poderiam dizer, decerto mais à vontade e com bem menos incómodo, que não votavam uma lei porque lhes mandavam não votar, mas que concordavam inteiramente com ela ...