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Pharmácia de Serviço

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Apesar de tudo ...

Manuel Boa de Jesus, um dos dirigentes mais influentes no desporto nacional e chefe da missão portuguesa aos Jogos Olímpicos de Pequim, está envolvido em várias irregularidades na administração de financiamentos do Estado.

Uma auditoria feita às contas do World Gymnaestrada 2003, um projecto por ele presidido, que trouxe a Portugal milhares de atletas, aponta para várias irregularidades financeiras e sugere a existência de uma contabilidade paralela.

Entre as irregularidades indicadas no relatório, datado de Dezembro de 2005 e realizado por uma sociedade de revisores oficiais de contas à comissão organizadora do World Gymnaestrada 2003 (WG 2003), estão a acumulação de remunerações por parte de Manuel Boa de Jesus, várias infracções fiscais, a inexistência de contratos com fornecedores, um “descontrolo absoluto” no que toca às receitas e o desvio de centenas de milhares de euros de patrocínios e financiamentos públicos para os cofres da FGP, da qual este técnico de carreira do IDP era, à data, vice-presidente.

Manuel Boa de Jesus defende-se, afirmando que “nada disso tinha indícios criminais” e sublinhando o êxito da organização: “Não me arrependo de nada. Consegui que o Gymnaestrada não desse resultados negativos, algo que não é muito normal em Portugal.”

Na verdade, não é normal ...
Se, apesar do "chorrilho" de infracções, o projecto ainda deu lucro, foi porque a "bandalheira" não atingiu os patamares mínimos ...
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