Haja alguém que explique ao homem a razão do aumento ...
O ministro da Economia, Manuel Pinho, considerou hoje "muito preocupante" o aumento dos preços dos combustíveis e garantiu aguardar o estudo pedido à Autoridade da Concorrência para ter a certeza que "não existem factores anormais" a empolá-los.
Este "ministro" parece que ainda não percebeu o que se passa. Para além do funcionamento do mercado na formação dos preços dos combustíveis, existem depois factores perturbadores dessa formação, que agravam drásticamente ese aumento. E um deles é a carga fiscal.
Pensado para situações de normalidade na economia, o sistema de tributação dos combustíveis pressupunha uma evolução lenta dos preços, que possibilitasse a acomodação da economia ao aumento do preço, apostando apenas no aumento do consumo pela expansão da actividade económica.
Porém quando se verifica uma vaga de aumentos sucessivos de preços concentrada num curto espaço de tempo, essa tributação apenas serve para potenciar esse aumento. Na verdade, sendo uma tributação "ad valorem" (por percentagem sobre o valor) sempre que o valor sobre que incide aumenta, aumenta necessariamente o resultado da aplicação sobre ele da precentagem. Como existe, também aqui, uma cascata de imposto (o IVA incide também sobre o valor do ISP), potencia-se o efeito do aumento dos preço dos combustíveis no consumidor ... mas também da receita do Estado.
Aqui é que bate o ponto ... Agora percebem-se melhor as declarações do ministro da economia e a forma de "interessada indiferença" com que o governo assiste a esta escalada de preços: quanto mais aumentarem os preços dos combustíevis, mais impostos o Estado arrecada. E quanto mais a GALP ganhar mais o Estado lucra (em dividendos) já que é accionista dessa empresa e em IRC já que também a tributa. E quanto mais o país culpar as gasolineiras pelos aumentos, mais o governo é poupado ao desgaste do aumento de impostos.
Por isso é que o ministro da economia anda despreocupadamente "preocupado" ..
Este "ministro" parece que ainda não percebeu o que se passa. Para além do funcionamento do mercado na formação dos preços dos combustíveis, existem depois factores perturbadores dessa formação, que agravam drásticamente ese aumento. E um deles é a carga fiscal.
Pensado para situações de normalidade na economia, o sistema de tributação dos combustíveis pressupunha uma evolução lenta dos preços, que possibilitasse a acomodação da economia ao aumento do preço, apostando apenas no aumento do consumo pela expansão da actividade económica.
Porém quando se verifica uma vaga de aumentos sucessivos de preços concentrada num curto espaço de tempo, essa tributação apenas serve para potenciar esse aumento. Na verdade, sendo uma tributação "ad valorem" (por percentagem sobre o valor) sempre que o valor sobre que incide aumenta, aumenta necessariamente o resultado da aplicação sobre ele da precentagem. Como existe, também aqui, uma cascata de imposto (o IVA incide também sobre o valor do ISP), potencia-se o efeito do aumento dos preço dos combustíveis no consumidor ... mas também da receita do Estado.
Aqui é que bate o ponto ... Agora percebem-se melhor as declarações do ministro da economia e a forma de "interessada indiferença" com que o governo assiste a esta escalada de preços: quanto mais aumentarem os preços dos combustíevis, mais impostos o Estado arrecada. E quanto mais a GALP ganhar mais o Estado lucra (em dividendos) já que é accionista dessa empresa e em IRC já que também a tributa. E quanto mais o país culpar as gasolineiras pelos aumentos, mais o governo é poupado ao desgaste do aumento de impostos.
Por isso é que o ministro da economia anda despreocupadamente "preocupado" ..