A utilidade dos debates ...
Parece que o primeiro-ministro, José Sócrates, escolheu para tema do debate mensal, quinta-feira, na Assembleia da República, as políticas de «acesso às tecnologias de informação e competitividade».
Num momento em que o governo atravessa uma mal (ou muito bem ...) disfarçada crise, num tempo em que as políticas governativas o mais que conseguiram foi um constante adiar de resultados, numa desesperada esperança de resultados palpáveis e de indicadores favoráveis; quando a "struggle for life" vai tornando cada vez mais árdua para uma classe média cada vez com menores rendimentos mas cada vez mais ajoujada de impostos e outras imposições; quando se põe em causa uma elementar liberdade de expressão pela "vigilância" sempre atenta de serventuários do poder; quando a economia teimosamente insiste em contrariar as declarações do governo; quando os 150.000 novos postos de trabalho são uma longínqua miragem e o desemprego grassa, nada melhor nem mais adequado do que discutir durante uma interminável sessão parlamentar as politicas de acesso às tecnologias de informação e competitividade.
É evidente que o debate vai descambar para outros temas - os temas candentes da actualidade.
Ora se o tema proposto é apenas o pretexto do debate sobre outros temas, porque razão não abandonar esta fantochada e simplesmente fazer sessões de perguntas-respostas, sem discursos grandiloquentes mas completamente a despropósito?
Num momento em que o governo atravessa uma mal (ou muito bem ...) disfarçada crise, num tempo em que as políticas governativas o mais que conseguiram foi um constante adiar de resultados, numa desesperada esperança de resultados palpáveis e de indicadores favoráveis; quando a "struggle for life" vai tornando cada vez mais árdua para uma classe média cada vez com menores rendimentos mas cada vez mais ajoujada de impostos e outras imposições; quando se põe em causa uma elementar liberdade de expressão pela "vigilância" sempre atenta de serventuários do poder; quando a economia teimosamente insiste em contrariar as declarações do governo; quando os 150.000 novos postos de trabalho são uma longínqua miragem e o desemprego grassa, nada melhor nem mais adequado do que discutir durante uma interminável sessão parlamentar as politicas de acesso às tecnologias de informação e competitividade.
É evidente que o debate vai descambar para outros temas - os temas candentes da actualidade.
Ora se o tema proposto é apenas o pretexto do debate sobre outros temas, porque razão não abandonar esta fantochada e simplesmente fazer sessões de perguntas-respostas, sem discursos grandiloquentes mas completamente a despropósito?