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Pharmácia de Serviço

Há remédio para tudo ... pharmaciadeservico_at_gmail.com

Que saudades do velho Indy ...

O ministro da justiça, subreptícia, disfarçada e silenciosamente, pôs à frente do Presidente da República uma proposta no sentido da revogação de um indulto concedido, em Dezembro de 2006, a Américo Pereira Mendes, que o Presidente assinou de cruz, "não atribuindo culpas a ninguém" pela asneirada, no espírito da "cooperação estratégica" que mantém com o governo.

A proposta deste indulto é de uma gravidade extrema. Revela, desde logo, que a máquina da justiça e de aplicação de penas não funciona, ou funcionando produz resultados absolutamente anómalos, o que será, porventura, pior ...

Mas revela também a forma completamente "básica" como o ministro da justiça quis ultrapassar a asneira e "enganar papalvos" através de um imediato inquérito "ultrasónico" do qual resultou uma "mal-amanhada" explicação "estapafúrdia" de uma proposta de indulto a um foragido sobre o qual pendiam vários mandatos de captura, segundo a qual documentos oficiais que estavam no proceso de indulto não eram de leitura evidente ...
Pelos vistos, os ditos documentos, de repente, passaram a ter uma leitura mais evidente - o que já não é mau de todo...

Porém ainda está por explicar pelo senhor ministro da justiça:
1. Como é que o dito processo foi iniciado por um requerimento assinado por um familiar do foragido ...
2. Como é que no decurso do dito processo não foi feita uma entrevista ao foragido para avliação do pedido ...
3. Como é que o processo passou pelo seu gabinete sem ninguém ter dado conta de nada ...
4. Porque diabo é que dois dias antes de ir prestar explicações ao parlamento vá de propor a revogação do indulto ...

Mas, depois de amanhã, no parlamento, decerto que o senhor ministro da justiça vai explicar tudo muito clarinho, tin-tin por tin-tin ... e não com "duas tretas" (como é hábito do "patrão"), sendo que a terceira "treta" costuma ser destinada a culpar a oposição por estar a "fazer barulho por uma coisinha de nada" ...

E a respeito de relevo ou de qualquer reacção da (sempre tão ciosa, atenta e, agora, veneranda) comunicação social por mais esta "borrada" governamental ... nada: sobre o assunto, "toalhetes Ausónia e fraldas Dodot" ...

Que saudades do velho Independente ...
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