"Conversa para boi ouvir" ...
Foi aprovado na generalidade o projecto de lei do CDS-PP que determina a publicitação das dívidas do Estado aos seus fornecedores.
O PS absteve-se, afirmando que pretende introduzir algumas "ajustamentos" em sede de discussão na especialidade.
É evidente que numa altura de certa crispação fica bem ao PS, a prósito da defesa da ética, da transparência e da honestidade, "forçar" o governo a mostar públicamente a lista das suas dívidas (ou, mais expressivamente, dos seus "calotes").
Porém isto não vai ser mais do que, como dizem os brasileiros, "conversa para boi ouvir".
Se bem se conhece o PS e quem nele manda, as alterações que ele vai pretender introduzir, na discussão na especialidade - e que decerto introduzirá "à força", por força da sua maioria, isto se a lei alguma vez chegar a ver a "luz do dia" - irão, decerto, desvirtuar completamente as intenções da lei.
É evidente que o PS haverá de "proteger" o seu governo, evitando que este se exponha a situações de eventual desgaste.
Por outro lado, uma tal divulgação - e isto vale tanto para as dívidas do Estado como para as dívidas dos particulares ao fisco e à segurança social que já são divulgadas - só teria algum efeito - e, desde logo, o efeito desonroso da "censura social" - se o Estado fosse honrado e pessoa de bem. Mas pelo que dele se conhece, não tem sido uma coisa nem outra.
Então qual o efeito da publicação das suas dívidas? Nenhum.
Apenas se vislumbra um pouco mais de "folclore" e de imputação de responsabilidades a anteriores governos ...
E para os credores tal publicação apenas servirá para lhes lembrar mágoas antigas e para que toda a gente fique a saber que eles são uns valentíssimos "patos" que se meteram com o Estado ... De dinheiro, nada ...
No final de tudo isto, o governo vê legitimada a sua ideia peregrina de exposição no pelourinho de quem lhe deve e há-de, mais uma vez, sair-se airosamente da história, de preferência "salpicando" terceiros com a lama...
Para que isto funcionasse era preciso que "a mulher de César" não se limitasse a parecer ser honesta ...
O PS absteve-se, afirmando que pretende introduzir algumas "ajustamentos" em sede de discussão na especialidade.
É evidente que numa altura de certa crispação fica bem ao PS, a prósito da defesa da ética, da transparência e da honestidade, "forçar" o governo a mostar públicamente a lista das suas dívidas (ou, mais expressivamente, dos seus "calotes").
Porém isto não vai ser mais do que, como dizem os brasileiros, "conversa para boi ouvir".
Se bem se conhece o PS e quem nele manda, as alterações que ele vai pretender introduzir, na discussão na especialidade - e que decerto introduzirá "à força", por força da sua maioria, isto se a lei alguma vez chegar a ver a "luz do dia" - irão, decerto, desvirtuar completamente as intenções da lei.
É evidente que o PS haverá de "proteger" o seu governo, evitando que este se exponha a situações de eventual desgaste.
Por outro lado, uma tal divulgação - e isto vale tanto para as dívidas do Estado como para as dívidas dos particulares ao fisco e à segurança social que já são divulgadas - só teria algum efeito - e, desde logo, o efeito desonroso da "censura social" - se o Estado fosse honrado e pessoa de bem. Mas pelo que dele se conhece, não tem sido uma coisa nem outra.
Então qual o efeito da publicação das suas dívidas? Nenhum.
Apenas se vislumbra um pouco mais de "folclore" e de imputação de responsabilidades a anteriores governos ...
E para os credores tal publicação apenas servirá para lhes lembrar mágoas antigas e para que toda a gente fique a saber que eles são uns valentíssimos "patos" que se meteram com o Estado ... De dinheiro, nada ...
No final de tudo isto, o governo vê legitimada a sua ideia peregrina de exposição no pelourinho de quem lhe deve e há-de, mais uma vez, sair-se airosamente da história, de preferência "salpicando" terceiros com a lama...
Para que isto funcionasse era preciso que "a mulher de César" não se limitasse a parecer ser honesta ...