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Pharmácia de Serviço

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"Pelas próprias mãos"

Uma "cidadã", que parece ser a mãe do meliante que fugiu à polícia e só foi parado após ater sido atingido por disparos, afirmou, peranta as câmaras da televisão - o que foi visto em todo o país nos noticiários da noite - que, como a nossa justiça não foi presta "à sua medida" a "fazer justiça", "castigando" exemplarmente os elementos das forças de segurança que terão efectuado os disparos, ela e a sua familia estão na disposição de fazer justiça pelas suas própris maõs.

Duas notas:
1. Como é que o filho não há-de ser um delinquente, se tem uma mãe que é aquilo que se viu, portadora de "valores" como os que ela demonstrou, e que decerto transmitiu aos seu filho?
Pelos vistos, o filho terá a quem sair.

2. Será que as autoridades não viram aquela declaração?
Esta ameaça não constitui infracção penal susceptível de punição?
Ou será preferível "assobiar para o lado" e dizer que se trata apenas de um "legítimo" "direito à indignação"?

O que foi dito foi mais que indignação - foi uma ameça concreta, dirigida àqueles precisos agentes de segurança.
Será que este episódio vai passar em branco?

Se perante aquela afirmação, não houver qualquer reação das autoridades, tal significa que nos estamos a aproximar do "far-oeste" a passos largos.

E perante esta permissividade, como é que depois se pode pretender que as forças de segurança ajam quando é necessário que o façam - se elas são ameaçadas, pública e impunemente, quando têm necessidade de agir?

Será isto o "estado de direito democrático"?
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