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Pharmácia de Serviço

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Um país de "morrinhanha"...

Ao que parece, a direcção nacional do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) decidiu cancelar a abertura do túmulo de D. Afonso Henriques porque diz não ter sido consultada sobre essa iniciativa, formalizada pela investigadora Eugénia Cunha à direcção regional de Coimbra daquele organismo.

O mesmo texto do IPPAR argumenta ainda que, para além da direcção nacional, a ministra da Cultura também não foi consultada sobre a exumação.

Para dizer isto, o IPPAR anunciou previamente e divulgou mais tarde um comunicado do seguinte teor:

No decurso do projecto científico de investigação levado a cabo pela Universidade de Coimbra, com o objectivo de reconstituir o perfil biológico de D. Afonso Henriques, foi anunciada a abertura, para hoje às 17 horas, do referido Túmulo, no Mosteiro de Stª Cruz em Coimbra. Consultado o respectivo processo interno, constatou-se que não foram cumpridos todos os procedimentos adequados e necessários não tendo sido, nomeadamente, colhida a autorização da Direcção deste Instituto, nem da Senhora Ministra da Cultura, para a realização da referida exumação.Confrontada com o facto, a Direcção Nacional do IPPAR decidiu de imediato cancelar o referido acto e diligenciar no sentido de apurar os antecedentes relativos a todo este processo.

1. Fica-se assim a saber que a delegação regional de Coimbra do IPPAR não deve existir ou, pelo menos, não é “reconhecida” pelo IPPAR de Lisboa.
Portanto, na Lusa Atenas, quando se trate de assunto que “meta” o IPPAR, ou se "fala", pelo seguro, com a Presidência do IPPAR, ou então, “não há nada para ninguém”.

2. Pelos vistos, nem vale a pena contactar a delegação regional. Não vale de nada: ou não tem competências, ou não funciona em coordenação e contacto com a presidência do Instituto, ou andam “em guerra”, ou isto é tudo doido …

Parece que só existirá para receber e "mandar" coisas para Lisboa – e não o terá feito! Não se sabe porém, se o teria que fazer…
Chama-se a isto "descentralização" ...

3. Há formas mais discretas (e eficientes…) de tratar assuntos intestinos do que o próprio IPPAR vir para a praça pública revelar problemas de actuação e comunicação internas dos seus serviços, que em nada abonam a credibilidade e eficiência destes nem o saber e preparação administrativas dos seus técnicos e dirigentes.

4. É evidente que “todo a gente” “desconfia” de toda esta “história”.

Primeiro porque o IPPAR já é conhecido pelo seu "jeitinho" para "encanzinar" tudo onde tenha que intervir, mesmo os processos mais simples ...

O Simplex não é mesmo com ele!


Depois, tudo isto parece mesmo uma “encenação” com grande estrépito, para:

  • mostrar a “alguém” "quem manda";
  • mostrar a "alguém" "quem “não" manda";
  • o governo (de forma directa ou indirecta) poder vir, mais tarde, quando a autorização for concedida, a aproveitar a projecção pública da iniciativa académica, fazendo-a sua, e propagandeando mais um “sucesso”…
  • o governo poder aprovar dentro de dias uma Resolução do Conselho de Ministros criando um projecto, já em preparação há muitos meses, para abertura do túmulo do D. Afonso Henriques e dos restantes reis da primeiro dinastia e divulgação do seu conteúdo em "banda larga”, o que será levado a cabo por uma equipe nomeada pelo governo.

(riscar o que não interessar)

5. Ao que é dito na televisão por um responsável pelo IPPAR, o que se supeitava, confirma-se: a senhora ministra também tem funções de "coveira".
E, neste assunto, também o primeiro-ministro terá que “deitar a sua pázada de terra para a cova” …

Parece assim que tudo começa mesmo a ficar claro …

Veja-se só a projecção mediática que teve o mero anúncio da abertura do túmulo de D. Afonso Henriques …

Agora junte-se ao facto a presença de do primeiro-ministro e de uns quantos ministros … (Freitas do Amaral bem teria gostado de lá estar, ele que até escreveu uma biografia, presume-se que “autorizada”, do nosso Fundador …)

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