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Pharmácia de Serviço

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A preparação do acordo: farmacêuticos para um lado, farmácias para outro ...

I - A Ordem dos Farmacêuticos manifestou-se hoje «perplexa» com as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro para as farmácias e advertiu que a liberalização da propriedade daqueles estabelecimentos pode provocar «concentrações económicas nefastas».


Em comunicado divulgado hoje, a Ordem dos Farmacêuticos frisa ainda que «não pode deixar de protestar veementemente pela opção do Governo em negociar com os representantes económicos, ao invés de discutir matérias de interesse público com a representação da profissão farmacêutica», aludindo ao acordo a assinar hoje à tarde.


II- No momento da assinatura deste acordo com o ministro da Saúde, o presidente da ANF apresentava-se resignado. João Cordeiro não concorda com a medida, mas respeita a decisão do Governo de liberalizar a propriedade das farmácias.

A ANF sublinha que depois de uma longa e complexa negociação com o próprio primeiro-ministro e com o ministro da Saúde só podia aceitar a responsabilidade que tem no sector e colaborar com o Governo.

«O acordo não era aquele que queríamos, fomos críticos ao enquadramento político, mas considerámos que devíamos aqui assumir responsabilidades e foi o que fizemos», adiantou. João Cordeiro admite que muitos dos proprietários de farmácias não entendam a assinatura de compromisso que inclui os princípios para a liberalização, mas garante que a ANF tomou a decisão mais adequada ao dar tréguas nas divergências com o ministro da Saúde.

  • Daqui se conclui que a ANF está (naturalmente) mais preocupada com o negócio das farmácias do que com os farmacêuticos e o seu pensamento na matéria.

  • E por falar em medicamentos: será que o comércio grossista e distrubuição de medicamentos vai ser analisado pela Autoridade da Concorrência para verificar da existência de eventuais concentrações ou quase monopólios? É que a ANF já tem grandes interesses nesse sector.
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