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Pharmácia de Serviço

Há remédio para tudo ... pharmaciadeservico_at_gmail.com

Não há cadeirões reservados para todos ....

Tem-se "alevantado" geral indignação com o facto dos senhores presidentes da Câmaras Municipais estarem colocados, no projecto de lei de protocolo de estado, em 49º lugar na ordem das precedências, atrás mesmo dos Presidentes das confederações patronais, Presidentes das confederações sindicais e Bastonários das Ordens Profissionais ("classificados" em 44º lugar) e, pasme-se, dos Chefes dos Gabinetes do PR, PAR e PM (em 46º lugar do ranking).

Inadmissível!
Inadmissível, sim, que os senhores presidentes das Câmaras Municipais são "eleitos", são "ungidos" pela legitimidade do voto popular -não são nenhuns "nomeados"
Ainda que só a nível meramente local - ou seja, ao nível da "área" onde a sua "influência" se exerce: a sua terrinha! - têm "legitimidade democrática".
E isso "limpa-os" do pecado da "nomeação", da tentação do "lugar", do inferno da "carreira".
Ainda que andem nessas bolandas camarárias há mais que tempos, aquilo da presidência da câmara não é "lugar" - é pura "legitimidade democrática"!

Pronto, que seja.
Mas se assim é, então onde param os presidentes das Juntas de Freguesia e os presidentes das Assembleias de Freguesia?
Eles também são "filhos" da mesmíssima "legitimidade democrática".
Também eles são eleitos genuinamente pelo voto popular.
Exactamente pelo mesmo voto popular que elege os presidentes das (respectivas) Câmaras.
E então onde é que eles "param" na dita "lista de precedências"?
Em que lugar estão colocados?
Em nenhures! Simplesmente não constam dela!

A "legitimidade democrática" que serve para justificar uma "mudança de poiso", "para riba", quando se trata de presidentes de Câmaras, essa mesma "legitimidade democrática" já não é suficientemente forte e justificativa para sequer fazer entrar na "lista das precedências" os presidentes de Junta e de Assembleia de Freguesia.

Não os fazer emperelhar com "altas entidades públicas", parece lógico e aceitavel). A sua relevância e acção é meramente "local".
Mas então seria bom dizer-lhes claramente o que são, em vez de pretender mantê-los no limbo dos despojos da "legitimiade democrática" e no esquecimento da eleição pelo "voto popular".

Mas se eles não são considerados "altas entidades públicas", porque razão o hão-de ser os presidentes das Câmaras, em certos casos, eleitos com menos votos do que alguns presidentes de juntas?

Não querem lá ver que, afinal, há "legitimidades democráticas" e "legitimidades democráticas" ... !!!

E que também há razões que a razão desconhece. Ou será que conhece ...?

(O que ainda se não viu referido é o facto do presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses - ANMP- estar colocado, lado a lado com o presidente da Associação Nacional de Freguesias -ANAFRE - em 30º lugar da hierarquia protocolar, antes, por exemplo, de marechais e almirantes, membros do Conselho de Estado, Vice-Presidentes e juizes dos Tribunais Superiores, chefes superiores dos três remos da forças armadas e forças de segurança. Porque razão? A propósito de quê? Qual será esta "legitimidade"?)
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