Chover no molhado ...
As congregações partidárias deste fim de semana tiveram, no final, em relação a cada um dos partidos, o mesmo efeito que a chuvada que caiu às quatro da tarde teve sobre a chuvada que tinha caído às duas e meia.
Ao que parece no PSD a disposição é "directas já" - sem qualquer utilidade visível que não seja pôr os laranjinhas a pensar que isso pode ser a "lâmpada mágica", capaz de lhes acelerar a travessia do "deserto" que é a oposição, para mais depressa chegarem ao "oásis" do poder. Para além disso, nada mais.
Tanto mais que até está assente que o líder continua (mais que não seja porque agora ser lider da oposição não é lugar muito apetecível).
Verdadeiramente as "directas" vão ser antes um plebiscito.
No CDS/PP as coisas felizmente não se alteraram - o partido continua a manter a sua tradicional idiossincrasia muito própria.
No momento em que saiu do governo, "perdeu" (ou nada ganhou nas) eleições legislativas, teve vitórias pírricas nas autárquicas, está remetido à oposição e cai nas sondagens, ainda se dá ao luxo de ter questiúnculas internas que não conduzem a nada, para resolução das quais convocam um congresso.
Ora como os congresso não foram feitos para resolver questiúnculas, as questiúnculas vão continuar - o que em vez de possibilitar a reafirmação do CDS/PP, poderá antes vir a permitir-lhe que, nas próximas legislativas, se torne novamente no "partido do taxi".
Quem pense que é "assando" o líder "em lume brando" até 2008, que mais facilmente chega à liderança, pode ser que se engane. Ou antes, não se engana. Mas então pode chegar apenas à liderança de si próprio, porque o partido então, já estará completamente desagregado e sem qualquer aceitação ao nível dos votantes.
Por se afirmar claramente como partido de direita, o CDS é constantemente escrutinado. Todas as posições partidárias e os comportamentos dos seus dirigentes são objecto de comentário generalizado (e as mais das vezes maledicentes, com ou sem razão). Ou todos "têm juizinho" ou então "borram a pintura" perante os seus potenciais eleitores. E sem votos, bem podem depois convocar todos os congressos para discutir a liderança (e as contra-lideranças) ...
Por vezes dá a impressão que a direita merece mesmo ficar, de castigo, à porta do poder.
Mais que não seja, para ver se aprende, de uma vez por todas, que o acesso ao poder e à governação se não faz com discursos idiotas, conflitos pessoais e lutas perfeitamente estéreis, mas com ideias, pragmatismo e luta.
Em resumo: objectivamente.
Ao que parece no PSD a disposição é "directas já" - sem qualquer utilidade visível que não seja pôr os laranjinhas a pensar que isso pode ser a "lâmpada mágica", capaz de lhes acelerar a travessia do "deserto" que é a oposição, para mais depressa chegarem ao "oásis" do poder. Para além disso, nada mais.
Tanto mais que até está assente que o líder continua (mais que não seja porque agora ser lider da oposição não é lugar muito apetecível).
Verdadeiramente as "directas" vão ser antes um plebiscito.
No CDS/PP as coisas felizmente não se alteraram - o partido continua a manter a sua tradicional idiossincrasia muito própria.
No momento em que saiu do governo, "perdeu" (ou nada ganhou nas) eleições legislativas, teve vitórias pírricas nas autárquicas, está remetido à oposição e cai nas sondagens, ainda se dá ao luxo de ter questiúnculas internas que não conduzem a nada, para resolução das quais convocam um congresso.
Ora como os congresso não foram feitos para resolver questiúnculas, as questiúnculas vão continuar - o que em vez de possibilitar a reafirmação do CDS/PP, poderá antes vir a permitir-lhe que, nas próximas legislativas, se torne novamente no "partido do taxi".
Quem pense que é "assando" o líder "em lume brando" até 2008, que mais facilmente chega à liderança, pode ser que se engane. Ou antes, não se engana. Mas então pode chegar apenas à liderança de si próprio, porque o partido então, já estará completamente desagregado e sem qualquer aceitação ao nível dos votantes.
Por se afirmar claramente como partido de direita, o CDS é constantemente escrutinado. Todas as posições partidárias e os comportamentos dos seus dirigentes são objecto de comentário generalizado (e as mais das vezes maledicentes, com ou sem razão). Ou todos "têm juizinho" ou então "borram a pintura" perante os seus potenciais eleitores. E sem votos, bem podem depois convocar todos os congressos para discutir a liderança (e as contra-lideranças) ...
Por vezes dá a impressão que a direita merece mesmo ficar, de castigo, à porta do poder.
Mais que não seja, para ver se aprende, de uma vez por todas, que o acesso ao poder e à governação se não faz com discursos idiotas, conflitos pessoais e lutas perfeitamente estéreis, mas com ideias, pragmatismo e luta.
Em resumo: objectivamente.