Rectificação do Orçamento Rectificativo
É favor não ler os quadros anexos ao orçamento rectificativo, visto os dados numéricos neles contidos apresentarem uns lapsos, que verdadeiramente não são erros, mas dão uma visão errada das contas públicas.
Na rectificação do orçamento rectificativo esses lapsos serão eliminados (ou trocados por outros).
Acrescenta-se que esses lapsos-que-não-são-erros, se devem exclusivamente ao facto daqueles dados terem sido pedidos a funcionário públicos que, como toda a gente sabe e o governo não se cansa de repetir, são uma cambada de malandros previligiados, cheios de mordomias, totalmente responsáveis pelo défice, dados esses que infelizmente não foram conferidos pelos membros dos gabinetes dos governantes das finanças (esses sim, de toda a confiança porque escolhidos por critérios de confiança pessoal e, por isso, absolutamente [con]fiáveis!).
Em virtude de tais lapsos, o governo (que nunca erra) vai, desde já, adoptar (já que não consegue tomá-las...) as medidas adequadas, tendo para o efeito reunido um conselho de ministros extraordinário (eles são todos extraordinários, mas este foi "mesmo, mesmo" extraordinário), tendo resolvido que os funcionários públicos (que como toda a gente sabe são uma cambada de malandros previligiados, cheios de mordomias e total e absolutamente responsáveis pelo défice) apenas se possam aposentar quando atingirem os oitenta e cinco anos de idade, sendo que a partir dos oitenta passam a prestar serviço no ministério das finanças.
Assim, todos os erros passam a ser desculpáveis e por força da forretice própria da idade, vão fazer desaperecer o défice num ápice!