Observemos atentamente a seguinte "narrativa" (como se diz agora...)
... um agente da PSP alvejou a tiro um homem que se recusou a largar uma
arma de fogo que empunhava e que alegadamente apontou na direção dos
agentes, após uma perseguição policial....pelas 4 horas da manhã, após uma situação de desordem junto a um
estabelecimento de diversão noturna, que envolveu vários cidadãos e após
terem sido “efetuados disparos com arma de fogo”.
... após terem obtido informações de que os dois
disparos “tinham sido executados” pelo ocupante da viatura em fuga,
iniciou-se uma perseguição com um carro patrulha devidamente
caracterizado.
“O condutor da viatura suspeita nunca acatou as
ordens para imobilizar a mesma, emitidas pelos polícias que seguiam no
carro patrulha, continuando a fugir em alta velocidade” e “só parou a
viatura que conduzia junto ao bairro onde residia, chegando a embater
numa viatura ali estacionada”.
Segundo a PSP, o condutor da
viatura suspeita “saiu da mesma empunhando uma arma de fogo longa, não
acatando as ordens repetidas dos polícias para largar a arma,
apontando-a inequivocamente na direção dos polícias, ao mesmo tempo que
os ameaçava matar”.
“Perante a ameaça em execução, com capacidade
letal, um dos polícias procedeu ao recurso efetivo a arma de fogo contra
o agressor, executando um disparo na sua direção, de forma a fazer
cessar a ameaça atual e ilícita, atingindo o agressor na zona do
tronco”.
... devido ao alarido provocado pela
situação “rapidamente familiares e amigos do suspeito se aproximaram do
local, dificultando a ação policial para consumar a detenção do
agressor, tendo alguns deles agredido os polícias com objetos
contundentes”.
A polícia ... acionou de imediato meios de
socorro médico para o local, “mas os familiares e amigos do suspeito,
contra todas as ordens dadas, conseguiram subtrair o agressor baleado à
custódia policial, transportando-o para o Hospital da cidade antes que
os meios de socorro chegassem ao local”.
De que é que estamos a falar? De quem? Um doce a quem adivinhar o que está escondido por detrás do texto tão palavroso...
Enquanto isto continuar assim, ninguém se entende e continuamos todos atolados neste pântano da hipocrisia...
De lamentar, apenas, é que na sequencia desta bandalheira (que há uns [cinquenta ou sessenta] anos atrás nunca teria ocorrido ou se ocorresse o tipo mais os ditos "familiares" levavam, na hora, um ensinamento - já sem falar do processo crime, a seguir - do qual nunca mais se iam esquecer, de tal modo que nunca mais repetiriam as gracinhas...) a única coisa de que o "poder" se lembrou foi de levantar um um inquérito ao desgraçado polícia que "pôs ao alto" o desordeiro e termo à bandalheira...
Depois não se queixem dos populismos...
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on domingo, 4 de setembro de 2022 at 4.9.22.
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