Contas feitas, o episódio do Infarmed serve dois propósitos, ambos redundantes. O primeiro é mostrar os abismos de descaramento, demagogia e trafulhice a que o governo é capaz de descer. O segundo é lembrar que, apesar dos esforços do Infarmed, o país não tem remédio: ignoro se por manha ou criancice, toda a gente deseja acolher o Estado no quintal a título de dádiva, na presunção de que a proximidade ao entulho oficial constitui uma esperança e uma oportunidade. No máximo, conheço uns dezassete compatriotas que, caso pudessem, enviariam a administração pública em peso para a Papuásia, de resto a atitude própria de pessoas crescidas e saudáveis.
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on sábado, 25 de novembro de 2017 at 25.11.17.
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