A ler...
Liguei à [explicação sobre os fogos e as vítimas dos fogos e as causas dos fogos] fornecida por Catarina Martins, que sem meias palavras culpou os “preceitos neoliberais” pelas tragédias. É evidente que a tese faz tanto sentido quanto responsabilizar o sr. Trump pelo violador de Telheiras, ou a Autoeuropa pelas sobremesas no Rei dos Frangos. Mas não resisto a admirar quem passa a vida a proferir insanidades só para ser aplaudida em cursos de sociologia e alas psiquiátricas. Pode-se investigar a espécie de carreira da dona Catarina, ou pegar na senhora pelos pezinhos e agitá-la com vigor, que dali não sai, nunca saiu, o esboço de uma ideia pertinente, ou sequer discutível. São anos e anos de disparates sucessivos, sem intervalos para respirar e, sobretudo, pensar. É preciso coragem. Ou lata, consoante a perspectiva. Não há embaraço ou qualquer outra forma de comedimento que impeçam a dona Catarina de enfrentar microfones e, naquele jeito pré-apoplético que celebrizou o seu antecessor, aliviar-se da coisa mais absurda que lhe atravessa a cabecinha. Uma pessoa comum teria, por assim dizer, vergonha. A dona Catarina não é uma pessoa comum: é a pessoa certa no lugar certo, embora o curso de sociologia ou a ala psiquiátrica também não fossem errados.