A essencialidade dos consensos ou a consensualidade do essencial...
O ps anda agora muito açodado e muito disponível para consensos com o psd que reputa absolutamente de essenciais.
Depois do costa falar no fim do luto da direita e de que é tempo de acordos da direita com o ps, agora também o caceteiro do silva, arvorado a mne e segundo figurão do governo, vem preocupar-se com a necessidade e a bondade de acordos com o psd.
Esta forma de fazer revela várias coisas.
A primeira é que a esquerda (ps, para o efeito) entende que se ela estiver no poder os outros partidos (entenda-se, "de direita" soit disant) devem fazer acordos com ele para que a esquerda se perpetue no poder.
Isto porque a esquerda (leia-se ps) entende que só ela tem legitimidade para ser poder, legitimidade essa que mais ninguém tem, designadamente os partidos de direita.
Por isso quando a direita está no poder o ps recusa-se terminantemente a fazer acordos com ela. E quando está em causa a formação e um governo o ps prefere fazê-lo aliando-se à esquerda para ser poder do que coligar-se à direita. Opções possíveis, sem dúvida (quanto a legitimidade, vamos indo...), mas das quaais, depois, têm que ser extraídas consequências...
A segunda é que o ps se sente (evidentemente) inseguro e anda a inventar pretextos para alargar a sua base de apoio. A geringonça já está aos zig-zagues. Não tarda estampa-se. E depois vais ser preciso que alguém preste socorro ao ps, senão lá morre o governo...
Chama-se a isto puro oportunismo - o qual vindo de quem vem até nem se estranha.
Uma outra coisa que esta abertura "revela" é a acabada falta de vergonha e de carácter do ps - o que também não (se) estranha, porque os partidos têm a vergonha e o carácter de quem lá está e de quem os dirige. E, quanto a isso, estamos falados.
O ps, este ps, não tem intenção - nunca teve num passado próximo nem vai ter no futuro - nenhuma intenção de fazer acordos com o psd.
O ps apenas pretende dar ideia de que tem uma grande abertura, uma grande disponibilidade, uma grande vontade de consensos, e de que o psd só não faz acordos porque não quer, porque quer chegar ao poder a toda a força, e que se houver alguma crise isso é só culpa do psd.
Por outro lado, se o psd fizer algum acordo (onde será sempre comido por parvo, como o foi no tempo de sócrates com os acordos sobre a justiça celebrados pro marques mendes) afasta-se claramente da possibilidade de voltar ao poder. E é isso que o ps quer.
O ps quer apertar a tenaz ao psd, para o fazer ceder. Espera-se que o psd, deste vez, não seja
É essencial ter sempre presente que as vitórias só se fazem perante a derrota do