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Pharmácia de Serviço

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O engano das taxas de juro baixas…


Não obstante as sucessivas baixas na taxa de juro diretora por parte do BCE, a economia da zona euro continua moribunda, com a inflação em valores historicamente muito baixos (0.3% em Agosto de 2014, longe dos 2% definidos pelo BCE), um crescimento económico anémico (o próprio BCE reviu ontem em baixa as previsões de crescimento da economia na zona euro para 2014 e 2015 passando-as respetivamente para 0,9% e 1,6%) e taxas de desemprego preocupantes.

Como explicar isto?

Por um lado, embora as taxas de juro 'oficiais' estejam mais baixas, aumentaram outros custos sobre os créditos, reflectidos em spreads cada vez mais elevados impostos pelos bancos a empresas e particulares. Por outro lado, as baixíssimas taxas de juro funcionam como um 'imposto' sobre os aforradores e pensionistas, reduzindo o seu rendimento. Esta 'política contracionista' tem transferido rendimento dos aforradores para a banca. É como se o governo anunciasse um 'enorme' aumento de impostos sobre os trabalhadores mais velhos e pensionistas para 'compensar'/'ajudar' os que (como o Estado) se endividaram em demasia (estimulados, paradoxalmente, pelos juros demasiado baixos...). Não é, por isso, surpreendente as nossas baixas e decrescentes taxas de poupança.
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