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Pharmácia de Serviço

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A "pitonisa" é que (a) sabe (toda)...



Aqui está, transmitida pela "pitonisa" ("fonte" absolutamente fidedigna), a verdadeira explicação do discurso de Cavaco, : “quem conhece bem o PSD sabe que o partido nunca aceitaria” o acordo de governação “em que o CDS fosse a parte forte”. “Não está no ADN [do PSD] que o CDS ficasse com a parte de leão”, acrescentou. Assim como o partido não aceitará um acordo de listas conjuntas às eleições europeias

Ou seja: a confusão politica ontem aramada por Cavaco com aquele discurso obscuro e inextrincável tem como objectivo último impedir, a qualquer preço, que o CDS possa vir a ter algum poder e protagonismo no governo, correspondente aliás à sua qualidade (e à falta dela no PSD).

A "azarina" de Cavaco  (e da "pitonisa"...) ao CDS sentem-se claramente e são conhecidos. Basta lembrar os jantares homéricos, no tempo do cavaquismo em que eram anunciadas adesões ao PSD de trânsfugas do CDS (decerto com a promessa de um "tachito"...) tentando "canibalizar" o partido, para, no fim, o extinguir. Nunca o conseguiu. Mas não desistiram. O CDS fazia (e continua a fazer) uma incomodativa "sombra" ao PSD (para além da utilidade dos seus votos, mesmo que poucos...), facto sempre mal disfarçado pelo displicente e arrogante desdém dos "laranjas" para com ele.

Se a tudo isto se somar Portas e as "boas" memórias que Cavaco e a "pitonisa" ainda devem ter dos tempos do Independente e das demolidoras notícias semanais sobre o cavaquismo e os seus próceres, então têm-se todos os elementos necessários para bem compreender que Cavaco se está nas tintas para a estabilidade, a governabilidade e o país, perante a "ameaça" do novo acordo governativo PSD/CDS, que recoloca o CDS no centro da governação.

Colocado perante o teor deste novo acordo governativo PSD/CDS, que Cavaco havia pedido – realça-se, é Cavaco quem pede esse acordo – e no qual, após negociações, o CDS passaria a ter uma posição mais interveniente na governação, Cavaco não consegue admitir e muito menos tolerar essa alteração na corrrelação de forças no governo. Cavaco não "engole" que, fruto das circunstâncias, o CDS possa vir a ter uma posição condigna na governação e possa passar a mostrar  a sua qualidade e capacidade de intervenção.
Isso é simplesmente demais para Cavaco "engolir" "a seco".
A evidente prova disso, clara como água, está nas afirmações da "pitonisa" acima referidas...

Cavaco quer continuar a condicionar (senão mesmo a controlar...) o PSD. E Passos, amarrado de pés e mãos, não tem outro remédio senão deixar. Para quem se quer manter no poder, não há outra saída.

Está visto. Um "laranjinha" é, e será sempre, um "laranjinha" toda a vida. Não muda com o tempo nem ganha "mundo".
Cavaco foi um laranjinha... Por isso, não é agora que vai deixar de o ser.
E esta é a "dimensão", a "profundidade" máxima da politica  e dos políticos portugueses.
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