Foram (muitas) coisas como esta que nos trouxeram ao estado em que hoje estamos...
A Câmara de Oliveira do Hospital formalizou ontem a compra das instalações do antigo Centro de Negócios de Lagares da Beira (Acibeira) ao Crédito Agrícola (CA), que detinha o direito de superfície pelo período de 100 anos.
Construído na década de 90, com fundos do primeiro quadro comunitário, o antigo centro de negócios custou perto de um milhão de contos, que nunca chegaram a ser rentabilizados, tendo sido progressivamente deixado ao abandono.
Há mais de duas décadas praticamente inutilizado e cada vez mais degradado, o espaço regressa agora “às mãos” do município, que assume a responsabilidade de o transformar num grande pólo de desenvolvimento da região.
Então vejamos:
Um Centro de Negócios em Lagares da Beira.
Alguém sabe onde fica Lagares da Beira...??? Não...??? Pois então é aí mesmo que fica o "centro de negócios"...!!!
Um "centro de negócios"...??? Mas para quê um "centro de negócios" em Lagares da Beira (que ninguém sabe onde fica)...???
O centro de negócios, financiado com fundos do primeiro quadro comunitário de apoio, custou perto de um milhão de contos (5 milhões de euros) que nunca chegaram a ser rentabilizados, tendo o centro sido progressivamente deixado ao abandono e está há mais de duas décadas praticamente inutilizado e cada vez mais degradado.
Foi para loucuras como estas que serviram os financiamentos comunitários.
Gastou-se, em inutilidades e coisas estúpidas, dinheiro "a rodos", criando-se uma falsa imagem de riqueza e prosperidade.
Gastou-se dinheiro em absolutas idiotias que se sabia, de antemão, que dariam "em nada", porque não tinham outro qualquer sustento ou viabilidade que não fosse a vontade "politica" de autarcas e quejandos de simular um "desenvolvimento" que não passava de puro cenário. Só que um cenário muito, mas mesmo muito caro.
Gastaram-se fundos comunitários mas também se gastaram muitos milhões de fundos nacionais nas indispensáveis comparticipações nacionais. Na verdade, delapidaram-se milhões e milhões - grande parte dos quais "passaram", "direitinhos", para os bolsos de muita gente que se aproveitou, à grande e à francesa, da delapidação.
Hoje, estamos "de tanga" e "não temos onde cair mortos". depois de todo este despilfarro...
Mas pelos vistos ainda há quem ache que o fórróbódó deve continuar...