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Pharmácia de Serviço

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O milagrismo dos elixires...


António Costa, o putativo candidato alternativo ao tózé no lugar de secretário geral da agremiação socialista e, por isso, também a eventual futuro primeiro ministro, disse na "quadratura" da quinta feira passada que era necessário  "reactivar" o sector da construção civil, através de "programas" de reabilitação urbana - pois que isso seria uma solução para os nossos problemas.

Vamos lá analizar então esta proposta.
O país andou anos e anos a "apostar" na "indústria" da construção civil. Construir-se à toa, especulou-se muito, fizeram-se fortunas com "negócios" que não passavam de puras vigarices, criou-se uma pleiade de "construtores civis", um conjunto de "xicos espertos", broncos, incultos e sem qualquer ética, mas por isso mesmo, capazes de tudo, símbolos do triunfo da nova sociedade produto do alcatruz social - e o país acabou a ter centenas de milhares de habitações desocupadas, construídas a mais para além das necessidades e que agora ninguém compra, abandonadas à intempérie, "esqueletos" que hão-de decorar a paisagem urbana (mas também a rural...) ao longo de muitos anos.


É perante um quadro como este que costa se lembrou de "programas" de "reabilitação urbana", para criar emprego.
Desde logo o emprego que se cria nessa área é, em grande parte, apenas emprego não qualificado.
Contudo, por via das fábricas de "dótores" em que se transformaram as universidades, o que agora há mais para aí (por causa de "Bolonha") são "mestres". Calcula-se então que quando costa propõe a reabilitação urbana como panaceia para o desemprego esteja a pensar em dar emprego aos novos "mestres" como "mestres de obras". Só pode.

Por outro lado, como temos habitação a mais - e a menos que costa esteja a pensar em que hão-de ser os proprietários a assegurar o dever, que é do Estado, de garantir o "direito à habitação", como o têm feito nas ultimas décadas - não se percebe qual a utilização que seria dada e que rendimento os proprietários extrairiam dessa reabilitação. A menos que o objectivo seja unicamente reabilitar e depois deixar os prédios novamente ao abandono, para daqui a uns anos os reabilitar de novo.... 

Porém, não só por causa do actual estado económico do país como também face às expectativas financeiras dessa reabilitação, costa sabe que nenhum proprietário estaria disposto a enfiar dinheiro nela sem ter a esperança de, depois, retirar algum rendimento ou lucro. Por isso nada melhor que o Estado criar programas de "incentivo" à reabilitação, onde o dinheiro público, o dinheiro de todos nós, continua a servir para criar artificialidades, ao ser esbanjado em actividades que se sabe, à partida, que não são estruturadas nem estruturantes, não são rentáveis, não têm qualquer fundamento económico e apenas são utilizadas porque ajudam a criar transotoriamente um cenário irreal e idílico de "alice no país das maravilhas" e que, por isso, caem sempre bem "no gôto" do povinho - que delira quando as politicas públicas, muito socialistas, muito democráticas e muito sociais, atiram dinheiro "a rodos" para a praça pública, sem se dar conta que, afinal, esse dinheiro é ele quem o paga e que gasto esse dinheiro voltamos todos ao estado de "aperto financeiro" e penúria de onde queríamos sair...

Estamos fartos de ter experiências destas ao longo das últimas décadas, Consumimos duas décadas e meia de fundos comunitários, aos milhões. Gastou-se como se não houvesse amanhã.
E, apesar disso tudo, onde estamos e como estamos hoje...???
Não será melhor deixarmo-nos de ilusões e facilidades e começarmos, antes, a pensar a sério no nosso futuro, ainda que isso signifique escolher e trilhar um caminho difícil mas seguro, que nos leve a bom porto, em vez de andarmos sempre a optar por veredas esconsas, à procura de trajectos fáceis mas que desembocam sempre num precipício...???
Já passou tempo e tivemos os azares mais que suficientes para aprendermos a deixar de acreditar em facilidades e "socialistices". Temos que "ganhar juízo", e de vez.
Se não o fizermos agora, é certo e seguro que vamos passar os próximos anos a bater, recorrentemente, "com a cabeça na parede". E, mais uma vez, vamo-nos arrepender; mas, então, já vai ser tarde demais.
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