É por isso...
Vasculhando-se o Diário da Assembleia da República, é possível encontrar-se, a páginas tantas, o seguinte excerto, a propósito da aprovação, em comissão, do texto da que veio a ser a Lei nº 12-A/2008 (Lei da vinculação, carreiras e remunerações dos trabalhadores em funções públicas) - e que foi a bandeira do ps para a reforma do sistema de vínculos e carreiras da administração pública e da qual resultou apenas uma enorme confusão, deixando tudo na mesma ou pior (com excepção dos sindicalistas, que nela acautelaram muito bem os seus interesses):
Temos, portanto, que a honra é uma coisa antiquada e não consentânea com o sentir actual - entendimento em que toda a esquerda está de acordo.
É também por isso que o país está como está...
Para o artigo 15.º (Aceitação da nomeação) foi apresentada pelo PS uma proposta de substituição da expressão que consta do n.º 3: «Eu, abaixo assinado, afirmo solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas» pela expressão «Afirmo solenemente que cumprirei as funções que me são confiadas, com respeito pelos deveres que decorrem da Constituição e da lei».
O Sr. Deputado Pedro Mota Soares, do CDS-PP, quis saber por que razão foi retirada a expressão «pela minha honra», ao que a Sr.ª Deputada Isabel Santos, do PS, respondeu tratar-se de uma redacção mais moderna e consentânea com o sentir actual.
Submetida a votação, foi aprovada, com a seguinte votação:
PS — favor
PSD — contra
PCP — favor
CDS-PP — contra
BE — favor
Temos, portanto, que a honra é uma coisa antiquada e não consentânea com o sentir actual - entendimento em que toda a esquerda está de acordo.
É também por isso que o país está como está...