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Pharmácia de Serviço

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Como será o futuro?

A redução do défice público, de forma permanente, implica necessariamente, ou a redução da despesa pública de forma permanente ou então o aumento permanente das receitas numa medida idêntica.

Quando se efectua a redução do défice público à custa do corte em despesas com trabalho, (remunerações e outros réditos conexos) ou essa diminuição se torna permanente (e então esses "cortes" deixam de ser excepcionais para passarem a ser estruturais), ou então, no momento em que cesse esse "corte" volta a haver défice. A menos que, entretanto, haja uma redução noutras despesas do Estado na mesmo ordem de grandeza dos "cortes" excepcionais nas despesas com trabalho.

Espera-se assim que o governo já saiba que despesas vai cortar até ao final de 2013, para que não se verifique novamente défice no momento em que cessem os cortes excepcionais dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos, nos próximos dois anos, ontem anunciados pelo Governo.

É que é absolutamente inadmissível e ilegítimo que se exijam apenas a alguns sacrifícios como estes, mas dos quais todos beneficiem, e, depois, se verifique que tais sacrifícios foram completamente inúteis e tudo continua como dantes. Por isso é tempo de começar agir, redimensionando o "Estado interventor" e o "Estado social" - que são tendencialmente um sorvedouro de dinheiro - à medida e tendo em conta as reais possibilidades financeiras e da riqueza do país.

Não vale a pena continuarmos todos a viver como se fossemos ricos, porque isso sai muito caro a alguns que não o são.

É que é totalmente impensável pretender que as medidas que hoje são anunciadas como transitórias se vão tornar em definitivas para os funcionários públicos.
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