A utilidade das inutilidades...
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) saudou este sábado os docentes pela suspensão do regime de avaliação de desempenho, mas alertou que apesar de se terem livrado de uma "inutilidade", há outros problemas que persistem no sector.
Como era fácil de prever, os professores - melhor dizendo, os sindicatos dos professores - já cavalgam a onda da suspensão, pela AR, do diploma da avaliação e dizem que a avaliação (qualquer verdadeira avaliação) é "inútil". Era mais que previsível.
O que os sindicatos pretendem é, em primeiro lugar, manter a sua "coutada" e permitir um terreno fácil onde possam impor as suas vontades, as suas arrogâncias e as suas reivindicações (fazendo crer que os professores são uma casta à parte dos demais funcionários públicos); em segundo lugar, e na continuidade daquilo que é a única coisa que os sindicatos sabem fazer - pedir continuamente maiores vencimentos e menos trabalho - eliminar de vez qualquer avaliação, de modo a garantir progressões salariais baseadas em mais nada que não seja o critério do facilitismo - o simples decurso do tempo.
Para os sindicatos a avaliação deve ter apenas efeitos "formativos" - ou seja, determina (sempre) mais formação e, em consequência, menos tempo de leccionação. Ainda que a formação fosse eficaz, a consequência natural desta "teoria" seria a de que os professores andariam sempre em formação para melhorar a sua qualidade até atingirem o ponto óptimo; mas, em consequência, por causa dessa contínua melhoria da sua qualidade até ao nível óptimo, nunca conseguiriam tempo para dar aulas.
Ora, se se tiver presente que a maioria da formação que anda por aí é tanto ou mais inútil que a "pedra filosofal" - pretender transformar maus professores em bons professores "à força" de formação é o mesmo que querer transformar latão em ouro com recurso ao Lapis Philosophorum - já se vê o desfecho: menos professores a dar aulas porque estão em formação; daí, portanto, a necessidade de mais professores para dar as aulas dos que estão em formação; e depois porque os professores têm "imensa" formação, têm que subir na carreira e ganhar mais. O ensino, os alunos e a sua real e efectiva preparação - isso que se "lixe"...
O PSD e O CDS, se forem governo, ainda se hão-de lamentar, tristemente, do seu apoio à suspensão da avaliação dos professores...
E hão-de lembrar-se, amargamente, que negociar com sindicatos é negociar com um crocodilo; depois do acordo negociado, quando se viram as costas, ele abocanha logo...
Como era fácil de prever, os professores - melhor dizendo, os sindicatos dos professores - já cavalgam a onda da suspensão, pela AR, do diploma da avaliação e dizem que a avaliação (qualquer verdadeira avaliação) é "inútil". Era mais que previsível.
O que os sindicatos pretendem é, em primeiro lugar, manter a sua "coutada" e permitir um terreno fácil onde possam impor as suas vontades, as suas arrogâncias e as suas reivindicações (fazendo crer que os professores são uma casta à parte dos demais funcionários públicos); em segundo lugar, e na continuidade daquilo que é a única coisa que os sindicatos sabem fazer - pedir continuamente maiores vencimentos e menos trabalho - eliminar de vez qualquer avaliação, de modo a garantir progressões salariais baseadas em mais nada que não seja o critério do facilitismo - o simples decurso do tempo.
Para os sindicatos a avaliação deve ter apenas efeitos "formativos" - ou seja, determina (sempre) mais formação e, em consequência, menos tempo de leccionação. Ainda que a formação fosse eficaz, a consequência natural desta "teoria" seria a de que os professores andariam sempre em formação para melhorar a sua qualidade até atingirem o ponto óptimo; mas, em consequência, por causa dessa contínua melhoria da sua qualidade até ao nível óptimo, nunca conseguiriam tempo para dar aulas.
Ora, se se tiver presente que a maioria da formação que anda por aí é tanto ou mais inútil que a "pedra filosofal" - pretender transformar maus professores em bons professores "à força" de formação é o mesmo que querer transformar latão em ouro com recurso ao Lapis Philosophorum - já se vê o desfecho: menos professores a dar aulas porque estão em formação; daí, portanto, a necessidade de mais professores para dar as aulas dos que estão em formação; e depois porque os professores têm "imensa" formação, têm que subir na carreira e ganhar mais. O ensino, os alunos e a sua real e efectiva preparação - isso que se "lixe"...
O PSD e O CDS, se forem governo, ainda se hão-de lamentar, tristemente, do seu apoio à suspensão da avaliação dos professores...
E hão-de lembrar-se, amargamente, que negociar com sindicatos é negociar com um crocodilo; depois do acordo negociado, quando se viram as costas, ele abocanha logo...