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Pharmácia de Serviço

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A «pântanização» da política

Há uns anos, um primeiro ministro socialista demitiu-se porque já não aguentava mais «o pântano». Farto do coaxar das rãs, do serpentear dos répteis, do voo dos necrófagos, ou seja, farto de ter de aturar a viscosidade nojenta da política nacional, demitiu-se a seguir a umas eleições autárquicas que perdeu.

Apesar do «pântano», a situação de então, ainda que nada famosa, não era, contudo, nada que se parecesse com o que hoje ocorre: estamos numa crise profunda e o governo não faz a mínima ideia de como regair; estamos com um défice monstruoso e o governo, apesar de o negar veementemente, utiliza apenas mecanismos de aumento «indirecto» de impostos para obter mais receitas, sobrecarregando constantemente quem já paga os seus impostos; estamos com uma dívida exterma monstruosa e o governo aposta em grandes obras públicas; quando os média pretendem noticiar o que é «incómodo» o governo vem logo pretender controlá-los, condicioná-los, silienciá-los; a justiça é enxovalhada e «chantageada» porque não se verga às vontades políticas; no parlamento o governo e a minoria que o suporta continua com a politica de afrontamento que caracterizou a anterior maioria; o primeiro ministro tem mais que muitos «rabos de palha» que nega, apesar das evidências.

Ou seja, estamos num atoleiro completo, na maiora «chafurdice» política de que há memória histórica, num arraial de bandalheira e insconciência que nunca ninguém imaginaria possível. Mas mesmo assim nada acontece, ninguém se demite. É espantoso!

Estamos completamente transformados em «fauna dos pântanos»: apesar do estado de decomposição putrefacta da nossa política, já nem estranhamos o seu cheiro nauseabundo...
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