A inciativa do espírito ...
Nos últimos trinta anos passámos o tempo a elogiar e incentivar o "espírito de iniciativa".
É evidente que, desde então, o que se foi fazendo foi pôr em causa a ética, a moral e os princípios, precisamente aquelas regras que diziam que nem tudo é possível ou permitido.
Ora num povo com baixo índice cultural, com valores trocados ou inexistentes e ansiando por aquilo que entendia ser como "ascensão social", o que importava era "subir", fosse lá como fosse desse lá por onde desse.
Dizia-se que isso era "espírito de iniciativa" quando afinal era tão somente"chico-espertismo".
Exemplos disto podem ver-se espalhado por todo o território, de norte a sul, consagrados, designadmente, por aquilo que se entendeu chamar de "poder local".
É evidente que essas prácticas disseminaram-se por toda a vida social, política, económica do país. E, ao disseminarem-se, o país ia ficando cada vez mais anómico - ou disseminavam-se exactamente por isso.
Contudo, lá no fundo, há uma consciência social que de algum modo reprova esse "chico espertismo".
Ora, a melhor forma de ultrapassar esse rebate de consciência é tentar transmitir publicamente que o "chico espertismo" é a atitude correcta, e que aqueles que o não são ou pertencem à classe dos "atrasados mentais" ou então são uns "burgueses meio fascistas" que nunca tiveram que "lutar pela vida".
Melhor ainda é quando se consegue trazer para o lado do "chico espertismo" aqueles que lhe possam dar legitimidade: é "um dos nossos", dizem, com orgulho, os que já são "chicos espertos" ...
Assim é cada vez mais provável que o "chico espertismo" não seja reprovado pela maioria dos portugueses. O que eles queriam todos, afinal, era ser "chicos espertos" ...
Daí que, quando alguém compra um andar por metade do preço que outros tiverem que pagar por andar igual, a ninguém lhe salte a "pulga atrás da orelha" com tal tipo de negócio.
Aliás, o que pode acontecer é lamentarem-se por nunca terem conseguido um negócio igual, porque isso é que é "espirito de iniciativa" ...
E é também por isso que, nas eleições, vence quem vence ...
É evidente que, desde então, o que se foi fazendo foi pôr em causa a ética, a moral e os princípios, precisamente aquelas regras que diziam que nem tudo é possível ou permitido.
Ora num povo com baixo índice cultural, com valores trocados ou inexistentes e ansiando por aquilo que entendia ser como "ascensão social", o que importava era "subir", fosse lá como fosse desse lá por onde desse.
Dizia-se que isso era "espírito de iniciativa" quando afinal era tão somente"chico-espertismo".
Exemplos disto podem ver-se espalhado por todo o território, de norte a sul, consagrados, designadmente, por aquilo que se entendeu chamar de "poder local".
É evidente que essas prácticas disseminaram-se por toda a vida social, política, económica do país. E, ao disseminarem-se, o país ia ficando cada vez mais anómico - ou disseminavam-se exactamente por isso.
Contudo, lá no fundo, há uma consciência social que de algum modo reprova esse "chico espertismo".
Ora, a melhor forma de ultrapassar esse rebate de consciência é tentar transmitir publicamente que o "chico espertismo" é a atitude correcta, e que aqueles que o não são ou pertencem à classe dos "atrasados mentais" ou então são uns "burgueses meio fascistas" que nunca tiveram que "lutar pela vida".
Melhor ainda é quando se consegue trazer para o lado do "chico espertismo" aqueles que lhe possam dar legitimidade: é "um dos nossos", dizem, com orgulho, os que já são "chicos espertos" ...
Assim é cada vez mais provável que o "chico espertismo" não seja reprovado pela maioria dos portugueses. O que eles queriam todos, afinal, era ser "chicos espertos" ...
Daí que, quando alguém compra um andar por metade do preço que outros tiverem que pagar por andar igual, a ninguém lhe salte a "pulga atrás da orelha" com tal tipo de negócio.
Aliás, o que pode acontecer é lamentarem-se por nunca terem conseguido um negócio igual, porque isso é que é "espirito de iniciativa" ...
E é também por isso que, nas eleições, vence quem vence ...