As variações demagógicas e "chavistas" do costume ...
Acossado por uma crise de que não é possível ver os contornos, o primeiro ministro, também secretário geral do PS e (re)candidato ao mesmo cargo, promete agora “aliviar a carga fiscal das classes médias”, limitando as deduções fiscais daqueles que beneficiam de maiores rendimentos.
Como de costume, aquilo que negava há uns dias atrás é precisamente aquilo que defende agora, aliás como se o fizesse desde sempre.
Derrotado perante a evidência de que aquilo que afirmava há uns dias atrás - que os protugueses iam ter mais rendimento disponível, por força da descida da inflacção, pelo que não se justificava a descida de impostos - não se vai mesmo verificar, opta agora não por descer os impostos, mas por limitar as deduções fiscais daqueles que pagam mais imposto.
Em primeiro lugar não explica nem se percebe bem como é que a limitação às deduções dos mais ricos vai permitir que a classe média pague menos impostos.
Depois, menos se percebe o que seja a dita "classe média". Se essa determinação for feita com base nos escalões do IRS a coisa torna-se mesmo complicada: como os escalões do imposto são do mais cómico que há, já se está a ver que a partir do esclão base, toda a gente é pertence à "classe dos ricos". E, como sempre, vai ser a classe média sociológica, que não corresponde necessarimente à classe média fiscal, quem vai arcar com mais esta medida fiscal, populista, demagógica e discriminadora.
Como de costume, aquilo que negava há uns dias atrás é precisamente aquilo que defende agora, aliás como se o fizesse desde sempre.
Derrotado perante a evidência de que aquilo que afirmava há uns dias atrás - que os protugueses iam ter mais rendimento disponível, por força da descida da inflacção, pelo que não se justificava a descida de impostos - não se vai mesmo verificar, opta agora não por descer os impostos, mas por limitar as deduções fiscais daqueles que pagam mais imposto.
Em primeiro lugar não explica nem se percebe bem como é que a limitação às deduções dos mais ricos vai permitir que a classe média pague menos impostos.
Depois, menos se percebe o que seja a dita "classe média". Se essa determinação for feita com base nos escalões do IRS a coisa torna-se mesmo complicada: como os escalões do imposto são do mais cómico que há, já se está a ver que a partir do esclão base, toda a gente é pertence à "classe dos ricos". E, como sempre, vai ser a classe média sociológica, que não corresponde necessarimente à classe média fiscal, quem vai arcar com mais esta medida fiscal, populista, demagógica e discriminadora.