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Pharmácia de Serviço

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Pragmatismo

A Ordem dos Médicos (OM) recebeu uma queixa de um clínico a quem a comissão de farmácia e terapêutica do seu hospital recusou a prescrição de um medicamento inovador a um doente com cancro. É a primeira denúncia formal deste tipo a dar entrada na OM, adiantou ao PÚBLICO o presidente do colégio de oncologia da Ordem, Jorge Espírito Santo, que acredita, porém, que outras denúncias deverão surgir entretanto porque a restrição à aquisição de alguns fármacos inovadores "começa a generalizar-se".

O fármaco em questão - erlotinib - está indicado no tratamento de doentes com cancro de pulmão localmente avançado ou metastizado, após falência de quimioterapia, e também no cancro pancreático metástico, refere a bula. É usado por doentes em fase avançada da doença, está provado que prolonga a sobrevida e, no caso dos doentes com sintomas controlados, melhora a qualidade de vida, diz o especialista. "Num doente que não pode ser curado, temos que usar terapêuticas o menos tóxicas possíveis", justifica Jorge Espírito Santo.

Mas então se o doente vai acabar mesmo por morrer, para quê andar a dar-lhe medicamentos caros?

Aliás, seria mesmo bastante razoável não dar medicamentos a nenhum doente, porque, mais tarde ou mais cedo, com ou sem medicamentos, todas as pessoas morrem.
Ora andar a gastar dinheiro com medicamentos para quem, depois, vai acabar, mais tarde ou amism cedo, por morrer ingloriamente, constitui o mais puro completo desperdício ...
Sejamos pragmáticos ... !!!
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