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Pharmácia de Serviço

Há remédio para tudo ... pharmaciadeservico_at_gmail.com

Mais uma vez, lá vai o jardineiro ser o responsável pelos actos do dono da casa ...

O ministro das Finanças disse hoje que as situações de professores doentes que se viram obrigados a trabalhar por lhes terem sido negados os seus pedidos de aposentação "são chocantes" e disse esperar que a auditoria a todas as juntas da Caixa Geral de Aposentações esteja concluída "o mais brevemente possível".

Está bom de ver que o governo e o ministro das finanças andam à procura de um "bode expiatório" a quem assacar as culpas das inenarráveis decisões das juntas médicas nos casos de aposentação por doença, "sacudindo a água do próprio capote", como se nada fosse com eles ...

Aliás, esta começa a ser uma práctica usual no governo - que parece resultar.
Mais do que isso. Já há que se ofereça para ser, voluntariamente, "bode expiatório", sem que depois venha a expiar o que quer que seja ...
No caso dos evidentes e repetidos erros nas provas de exame do 12º ano foi o director do GAVE que veio dizer que a responsabilidade das "asneiradas" era exclusivamente sua.
Mas, "milagre" ... !!! Não lhe aconteceu rigorosamente nada ...!!! Ficou "na mesma como a lesma" ...!!!

Aqui, no caso das juntas médicas, ainda ninguém se ofereceu, o que não quer dizer que não esteja ainda a tempo.
Entretanto o ministro das finanças - que tem a tutela da CGA e por isso das suas juntas médicas - esteve caladinho até agora vir dizer que a "auditoria" às juntas há-de revelar "o responsável" pelos dislates acontecidos.
O ministo, esse, coitado, não tem mesmo nada a ver com o assunto, até porque não é doente nem médico ...

A este propósito, ninguém fala da politica de ataque aos funcionários públicos desencadeada pelo governo, a propósito da necessidade de operar a reforma da administração pública, objectivamente evidente, sem necessidade de ser justificada com agrestes acusações (para não dizer contínuos insultos) aos seus funcionários, nem do corte da despesa pública a começar pela despesa com os funcionários, designadmente com os aposentados - o que sempre haveria de ter algum efeito.

A partir daqui, é evidente que há sempre uns "indefectíveis" que levem (ainda mais) "à letra" a política do governo. Ora como os funcionários doentes não se apresentavam na junta médica "absoluta e permanentemente incapazes", porque "ainda mexiam", eram logo dados como "aptos para todo o serviço". Ou então, estavem mesmo doentes mas ultrapassavam as "quotas" admissíveis para a aposentação por doença ...
Em qualquer dos casos, sem que o poder ou quem quer que fosse se incomodasse minimamente com o assunto

Não fora dar-se o caso de várias situações em que, de recusa em recusa, a aposentação era concedida quando o funcionário já estava completamente com os "pés para a cova" ou já mesmo "na cova" e de tal facto ter saído para o conhecimento geral, e ainda hoje o governo haveria de louvar a atitude da CGA e das suas juntas médicas que mandavam trabalhar quem ainda tinha "um sopro de vida", assim "poupando" uns cobres ao erário público ...
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