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Pharmácia de Serviço

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A mi(cro)nistra ...

A ministra da cultura, que já se julgava "desaparecida em combate", resolveu "deu um ar de sua graça" e proibiu a abertura do túmulo do D.Afonso Henriques por uma equpa de investigadores da Universidade de Coimbra, alegando o ponderoso argumento, previamente "fornecido" pelo IPPAR, da investigação ser um risco para a integridade das ossadas e a preservação do túmulo de D. Afonso Henriques.

Ele há argumentos para tudo ...

A este propósito, a senhora ministra podia ter dito qualquer coisa.
Podia ter dito, por exemplo, que os monárquicos desta república (pelo menos alguns deles) se manifestaram contra a abertura do túmulo.
Podia dizer que não convinha nada abrir o túmulo, pois D. Afonso Henriques podia-se chatiar valentemente ao ver o estado em que o govermo conseguiu pôr o país que ele tinha fundado com tanto esforço, e eventualmente dar uma "marretada" em alguém.
Até podia ter dito que não queria que fosse uma equipa da Universidade de Coimbra a levar a cabo o projecto, mas sim uma da Universidade Independente.

Agora ao apresentar esta esta justificação a senhora ministra está a laborar no pressuposto de que quem iria abrir o túmulo e investigar as ossadas seria um grupo de "caroqueiros" assim parecido com uma associação entre dois trolhas e um amigo coveiro.

A senhora ministra esquece-se que a Universidade de Coimbra tem cientistas e investigadores da mellhor craveira nacional e internacional, que este projecto era apoiado oficialmente pela própria Universidade, e que dele fazim parte cientistas de outras proveniências e de diferentes áreas de saber. Por exemplo, integrava o projecto o historiador José Mattoso que, ao que consta, não é nenhum "pêco".

Não parece assim que este grupo de investigadores se "atirasse" ao túmulo, de marreta em punho, quais franceses, para saquear e baralhar os ossinhos do "fundador", profanando-os ou lançando-os aos cães.
Não parece que o seu intuito fosse outro que não fosse fazer ciência, de modo científico e com técnicas científicas. com as cautelas, os resguardos mas também, naturalmente, os riscos inerentes à descoberta.
Mas para evitar riscos, a senhora ministra proibiu.

É evidente que o estudo não daria projecção ao governo. O primeiro ministro não poderia estar no "levantamento" da pedra tumular, rodeado de câmaras de televisão e acompanhado pelo inefável ministro da economia. O estudo não serviria para o governo poder anunciar mais uma medida de relançamento da economia ou uma "simplex" medida de "túmulo na hora".

Porém, certo é que o estudo sera levado a cabo em Coimbra, mesmo ao lado de uma câmara PSD, completamente conta a co-incineração que o governo quer impor em Souselas, por uma Universidade que muito preza o seu saber e a sua autonomia e que o governo anda mortinho por, com as demais, pôr sob a sua directa dominação.
E o estudo, quer se queira quer não, faria falar de Coimbra.
Ora isto são tudo boas razões para o dito estudo ser proibido, seja por que motivo fôr.
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