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Pharmácia de Serviço

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Uma questão de números e contactos ...

Noticia o Público online:
A Clínica dos Arcos, com instalações em Badajoz e Mérida, que recebe anualmente milhares de portuguesas que aí se deslocam para interromperem a gravidez, vai abrir uma clínica no centro de Lisboa no primeiro trimestre de 2007.
A garantia foi dada à TSF pela directora da clínica, Yolanda Hernandez, que assegura que já estabeleceu contactos com a Direcção-Geral de Saúde (DGS) portuguesa, com alguns partidos políticos e organizações de mulheres.

1. O Público não refere porém como chegou à "contabilidade" de "milhares" de portuguesas que vão à Clínica do Arcos interromper a gravidez.
Teve um jornalista à porta da clínica a contar as mulhres portuguesas que lá entravam?
Perguntava-lhes ao que iam? - pois podiam entrar duas, mas uma acompanhar a outra!
Foram dados fornecidos pela própria clínica?

Certo é que o jornal contabilizou "milhares" de mulheres. Mas quantos milhares? 1 milhar ou 999 milhares? Ou apenas uma centenas?
"O número não importa, quando se fala de aborto" - dizem alguns, sentindo-se "os mais esclarecidos". Mas importa. E tanto importa que o número - um qualquer número - é sempre invocado quando se fala de aborto. De preferência na ordem dos "milhares" de mulheres! Mas sempre calculado "a olho" ou "arredondado".

2. Para abrir uma clínica onde se fazem "abortos" é natural que seja necessário estabelecer contatacto com as autoridades de saúde do país.
Agora estabelecer contactos com partidos politicos? Ou antes: com "alguns" partidos políticos!
Quais partidos? Para quê? Porquê?
Porquê neste momento, quando o aborto irá ser em breve objecto de referendo? O que propôs a dita clínica aos ditos partidos?
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