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Pharmácia de Serviço

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Posto de observação



Portugal foi grande no passado precisamente com o mesmo povo que hoje tem, e os períodos recentes de crescimento não exigiram outra mentalidade. Aliás, se alguma coisa é substancialmente inferior em Portugal face aos vizinhos, não é o povo, mas a elite. A população, com a sua sensatez, franqueza e fidelidade, sempre fez maravilhas, no século das descobertas como no das revoluções, na era iluminista como na tecnológica. Quem nunca esteve à altura foram os nossos reis e ministros, artistas e eruditos, diplomatas e magistrados. Que depois se desculpavam com o povo inculto.

Talvez o caso mais flagrante se tenha dado em 1910. A crise era profunda e a monarquia impopular. Mas a clique que tomou o poder, composta por teóricos imprudentes que se consideravam inspirados por terem lido uns livros estrangeiros, precipitou-a no caos. Este punhado de jacobinos radicais não tinha nenhuma dúvida sobre a superioridade da sua verdade e sobre a necessidade de mudar por completo a mentalidade do povo. O resultado foi a maior catástrofe nacional da era moderna. A crise, se era terrível, conseguiu ficar tão pior que o país desconfiou da democracia durante 48 anos. E a culpa, claro, era da mentalidade.

O paternalismo do Estado Novo também queria mudar as mentalidades, mas compensava isso com os seus instintos ruralistas, que os nossos intelectuais sempre desprezaram como boçais e paroquianos.


João César das Neves, Professor Universitário
hoje, no Diário de Notícias
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