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Pharmácia de Serviço

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Confirma-se: afinal há mesmo vida para além do défice

O ministro dos Negócios Estrangeiros voltou atrás na decisão de demitir o conselheiro cultural em Pequim, João Barroso - anteriormente incluído na lista de conselheiros e adidos das missões diplomáticas portuguesas demitidas pelo Ministério para cortar 8,5 milhões de euros nas despesas correntes - depois de saber que este era o único que falava mandarim e cantonês na Embaixada de Portugal na China.

Do que resulta que:

1. "Por causa do défice" constata-se a continuação da verberada política dos "cortes cegos" em todas as despesas e, no caso do MNE, aplicando-a sem previamente analizar da bondade desses cortes e das suas consequências. Só quando a situação ameça dar "grossa asneira" é que se vai, a correr, analizá-la. É exactamente o presente caso.

2. Como se constata pelo "andamento", o azar dos restantes conselheiros das embaixadas agora "corridos" pelo governo com o único fito de poupar dinheiro, é que não estavam colocados na China e não falam cantonês e mandarim. Porque, como se vê, não houve outra qualquer razão que não a da "redução do défice", que, de forma objectiva e aceitável sustentasse a extinção dos cargos, designadamente a sua desnecessidade ou imprestabilidade.

3. O MNE e o seu ministro sabe tanto do que se passa na vida das embaixadas, designadamente na vida das principais embaixadas, como "de lagares de azeite".

4. O governo pode continuar a fazer todas as diabruras que lhe passem pela cabeça que a oposição anda é entretida a brincar com o io-io.
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