A dimensão das greves
As greves, que por estes dias vêm assolando o país, e as que sucederão nos próximos tempos, são consideradas pelo membro do governo responsável pela justiça como "acção concertada" para "perturbar o funcionamento do sistema".
O senhor ministro tem toda a razão e não se engana.
Uma greve destina-se exactamente a isso: a alterar o funcionamento do habitual quotidiano, interropendo rotinas, para chamar a atenção para um qualquer problema, que são sentidos por quem se manifesta (pela "classe"), e que entendem ser razão para essa "luta".
Para quem se diz do PS, e sendo o PS um partido marxista (ou já não será?) a "luta" é motor de toda a vida.
Então se assim é, porquê a indignação do ministro?
Será que ao senhor ministro não lhe parecerá que tanta agitação e tão generalizada poderá ter um motivo plausível ao qual o governo deverá prestar atenção, antes que a situação se torne incontrolável ou explosiva?
Ou será que o governo acha que já está no ponto de clamar o "deixem-nos trabalhar" e que anda a lutar contra "forças de bloqueio" e pretende usar a "força" para impor a "sua" ordem?
Será que teremos, no governo, uma pandemia de "autismo político"?
O senhor ministro tem toda a razão e não se engana.
Uma greve destina-se exactamente a isso: a alterar o funcionamento do habitual quotidiano, interropendo rotinas, para chamar a atenção para um qualquer problema, que são sentidos por quem se manifesta (pela "classe"), e que entendem ser razão para essa "luta".
Para quem se diz do PS, e sendo o PS um partido marxista (ou já não será?) a "luta" é motor de toda a vida.
Então se assim é, porquê a indignação do ministro?
Será que ao senhor ministro não lhe parecerá que tanta agitação e tão generalizada poderá ter um motivo plausível ao qual o governo deverá prestar atenção, antes que a situação se torne incontrolável ou explosiva?
Ou será que o governo acha que já está no ponto de clamar o "deixem-nos trabalhar" e que anda a lutar contra "forças de bloqueio" e pretende usar a "força" para impor a "sua" ordem?
Será que teremos, no governo, uma pandemia de "autismo político"?